A Universidade do Minho manifestou-se hoje preocupada com as condições do parque de estacionamento da Cangosta da Palha, em Braga, anunciando que vão ser concertados esforços com a câmara para garantir uma “urgente” resolução do problema.
Em resposta escrita enviada à Lusa, a universidade acrescenta que está prevista para os próximos dias uma reunião entre o reitor e o presidente da Câmara para “concertar esforços” e “discutir o nível de intervenção que será necessário da parte de cada instituição”.
Tudo para “garantir uma urgente resolução do problema colocado à comunidade de utilizadores do referido parque”.
Artur Feio apelou à realização de obras urgentes, questionando mesmo se, entretanto, aquele espaço vai continuar a ser utilizado como parque de estacionamento.
“É um espaço que não tem condições estruturais, tem risco de colapso”, reiterou.
Em causa um parque de estacionamento na Rua do Raio que, segundo o presidente da câmara, Ricardo Rio, é propriedade da Universidade do Minho, mas que é gerido pelo município.
“Noutros tempos, em Braga, faziam-se coisas em que as questões formais eram manifestamente descuradas. Houve um acordo tácito entre a Universidade do Minho e a câmara, que permitiu à câmara construir e gerir o parque”, referiu.
Rio adiantou que há intervenções no parque que “são verdadeiramente necessárias”, mas sublinhou que a câmara não as pode realizar, por não ter a titularidade do espaço.
“Não tem havido disponibilidade da Universidade do Minho para a transferência definitiva da propriedade. A universidade entende que há situações dúbias naquilo que suscitou a autorização de construção do próprio parque de estacionamento, não faz a mesma leitura que nós fazemos em relação à titularidade do espaço. Nós achamos que a câmara não tem de pagar nada pela titularidade do espaço, a universidade tem defendido que sim”, explicou.
O autarca defendeu que é importante resolver este assunto com urgência, considerando que, se as obras não avançarem, a curto prazo poderá estar em causa a continuidade do funcionamento do parque.
Adiantou que há outros problemas que foram sendo suscitados ao longo do tempo, antes de 2013, como a concessão de acesso para prédios contíguos e, nomeadamente, de alienação de lugares no parque a título vitalício.