Rui Fonseca e Castro, ex-juiz que se notabilizou por ser negacionista da pandemia de covid-19, está a ser acusado de rapto internacional do filho, pela mãe da criança, e inscreveu-o numa escola em Ponte de Lima.
Segundo a SIC Notícias, o antigo juiz – expulso da magistratura por publicar nas redes sociais, vídeos em que “incentivava à violação da lei e das regras sanitárias” relativas à pandemia – e atual líder do partido de extrema-direita Ergue-te já foi notificado para entregar a criança voluntariamente à mãe.
No entanto, não parece ser essa a sua intenção, tendo-o matriculado numa escola de Ponte de Lima.
O Ministério da Educação diz que o pai apresentou o passaporte da criança para a matricular, mas, por outro lado, a mãe garante que tem na sua posse o passaporte e o cartão de cidadão do filho.
À SIC, a escola garante que enviou todas as informações para o Ministério da Educação.
De acordo com a mesma fonte, a mãe do menor, ex-mulher de Rui Fonseca e Castro, tem a guarda unilateral da criança de 10 anos.
Trouxe o filho para Portugal para passar as férias de Natal com o pai, mas na véspera de regressar ao Brasil, Rui Fonseca e Castro comunicou-lhe que o filho ficaria em Portugal e desde aí a criança nunca mais esteve com a mãe.
Segundo a SIC, por se tratar de rapto internacional a GNR pouco pode fazer e a mãe teve de acionar as autoridades brasileiros para serem elas a contactar a Direção-Geral da Administração da Justiça, que notificou o pai para que entregue voluntariamente a criança no prazo de sete dias.
Contactado por aquela televisão, Rui Fonseca e Castro não quis comentar o caso.