Estes três cientistas da UMinho ganharam 60.000 euros cada para estudar o cérebro

Bárbara Coimbra, João Oliveira e Nuno Dinis Alves
Foto: DR

Bárbara Coimbra, João Oliveira e Nuno Dinis Alves, do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Escola de Medicina da Universidade do Minho, foram distinguidos pela Fundação Bial, com 60.000 euros cada, para desenvolverem projetos sobre o papel dos circuitos neurais na aprendizagem, na memória e na flexibilidade cognitiva, respetivamente.

Em comunicado, a academia minhota adianta que Bárbara Coimbra garantiu financiamento para o seu projeto “Cholinergic dynamics of projections from laterodorsal tegmentum to the nucleus accumbens in associative learning”. A cientista vai perceber como certas conexões na região cerebral ligada à motivação e às recompensas influenciam a nossa aprendizagem associativa. Para isso, usará técnicas avançadas como fotometria de fibras de duas cores, imagens de cálcio miniaturizadas e lasers de luz (optogenética) para mapear a dinâmica deste circuito pouco explorado.

Já João Oliveira vai realizar o projeto “Decoding the neural signals underlying memory processing in cortico-limbic circuits”. Quer investigar no cérebro as redes entre o córtex (responsável pelo pensamento, tomada de decisões e controlo consciente) e o sistema límbico (ligado a emoções, memória, motivação). Na prática, examinará como a sinalização intercelular molda as oscilações neuronais durante diferentes fases do processamento da memória, nomeadamente o papel dos astrócitos nesse percurso.

Nuno Dinis Alves foi premiado pelo projeto “Prefrontal serotonin 1A receptor activation as a key determinant of cognitive flexibility”. O trabalho visa explorar como um recetor de serotonina no córtex pré-frontal pode influenciar a flexibilidade cognitiva, a qual é essencial para a adaptação a ambientes em mudança. Através de técnicas como optogenética, fotometria de fibras e tomografia por emissão de positrões, o investigador quer fornecer novos dados sobre os mecanismos neurais que permitem o pensamento flexível.

“Estes Apoios à Investigação Científica da Fundação Bial contribuem assim para uma compreensão mais profunda dos processos neurais. Os avanços nos três projetos inovadores do ICVS podem vir a ter implicações relevantes na nossa compreensão do comportamento e das condições neurológicas”, conclui a UMinho.

 
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