Quarenta trabalhadores da Gestamp, fábrica de componentes para automóveis, em Cerveira, estão em risco de ficar sem emprego devido à crise no setor, anunciou hoje o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA).
É mais um caso de trabalhadores em risco de desemprego no Alto Minho, após o fecho da Coindu em Arcos de Valdevez, que tinha 350 trabalhadores, e a insolvência da Cablerías, em Valença, com 250 funcionários.
Em comunicado, o sindicato revela que reuniu com a administração da Gestamp no passado dia 21 de janeiro, tendo-lhe sido comunicado que a empresa está a sofrer as consequências das “enormes dificuldades que o setor atravessa, resultado da redução significativa de veículos elétricos que obrigaram a que muitos projetos e células de soldadura se encontrem paradas, ou com pouca carga de trabalho, sendo que o investimento da empresa não estaria a ter o retorno desejado”.
“De igual forma, foi-nos comunicado que a empresa tem, atualmente, perto de 40 colaboradores em risco de perder os seus postos de trabalho, mas que está a fazer um esforço extra para adiar (ou evitar) esse despedimento”, pode ler-se no comunicado SIMA.
O sindicato salienta que, “em 2024, pela mão do engenheiro Luís Cunha, diretor da empresa”, a Gestamp atribuiu um aumento salarial de 70 euros e um cartão de 60 euros para apoio escolar aos seus trabalhadores, “para além de ter realizado diversas atividades, como o convívio de verão, o jantar de Natal, a festa de Natal para os filhos dos colaboradores com entrega de presente e a entrega de um cabaz de Natal no valor de 120 euros”.
Já em 2025 a empresa entregou a cada funcionários um cartão presente do Pingo Doce, no valor de 220 euros.
O SIMA manifestou “agrado” pelo “empenho da empresa na procura da melhoria de condições de vida e trabalho” dos seus empregados e nota que esta tem “mostrado abertura para o diálogo”.
