O PSD de Braga refutou, hoje, “veementemente”, as recentes declarações do candidato socialista António Braga, que – diz – “evidenciam ignorância e uma tentativa de descredibilizar o trabalho realizado no Município de Braga com críticas infundadas e baseada em factos puramente falsos”.
E afirma, em nota de imprensa: “É inadmissível que se ignorem factos claros e verificáveis em favor de uma narrativa pouco séria e que desrespeita os bracarenses”.
Para o líder bracarense do PSD, João Granja, “o caso da Casa do Povo de Tadim (que visa criar uma Estrutura Residencial para Pessoas Idosas, Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário) exemplifica como as afirmações do candidato socialista estão distantes da realidade e, de forma contundente, permitem aos bracarenses perceber o desnorte (e o consequente estilo) do candidato socialista, que teve no topo da sua experiência política uma presença de má memória num (também de má memória) governo de José Sócrates”.
Assim, o PSD/Braga desmente António Braga, abordando a questão da Instrução do Processo diz que deu entrada em fevereiro de 2018, mas a aprovação do projeto de arquitetura só foi possível em outubro de 2019 devido a omissões da própria requerente, que não respondeu às notificações da Câmara Municipal de forma atempada, mesmo com sucessivas notificações por parte do Município.
Licenciamento aprovado
Afirma, ainda, que, em dezembro de 2019, o pedido de licenciamento foi deferido. Porém, a Requerente nunca solicitou a emissão do alvará de licença de construção, essencial para o início das obras, comprometendo o avanço do projeto.
João Granja acrescenta que houve “renovação tardia” e ponto de situação atual: “Após quatro anos de inação, apenas em abril de 2024 foi solicitado um pedido de renovação do licenciamento. O processo encontra-se atualmente em análise, aguardando um parecer do Instituto da Segurança Social (ISS), que, entretanto, já emitiu pareceres desfavoráveis ao projeto, em julho e em dezembro de 2024. Novos elementos foram apresentados pela Casa do Povo a 10 de janeiro de 2025 e remetidos ao ISS, cujo prazo para resposta decorre até 14 de fevereiro de 2025. Ou seja, o processo ainda se encontra a tramitar por razões absolutamente alheias ao Município de Braga.
Compromisso do executivo municipal
Para o PSD, “o atual Executivo demonstrou desde o início empenho em colaborar com a Casa do Povo de Tadim, notificando-a repetidamente para corrigir falhas e procurando avançar com o processo, nos exatos termos daquilo que logra conseguir com centenas de instituições do concelho”.
Aliás, – sublinha – “pelo Município foram já aprovadas dezenas de procedimentos urbanísticos essenciais à aprovação de candidaturas das mais diversas entidades ao PRR (Plano de Recuperação e Resiliência).
E critica: “O candidato do PS não sabe do esforço consistente da Câmara Municipal e omite que os atrasos e entraves decorrem essencialmente da atuação da própria Requerente e das exigências técnicas legalmente impostas por entidades externas, como é o caso da Segurança Social”.
Cidade de “futuro”, não de “promessas vazias”
Por último, João Granja sustenta que, “ao candidato do PS se exige mais elevação e conhecimento dos dossiers”.
“Com estes ataques políticos infundados e precipitados, António Braga procura ter o espaço noticioso, a todo o custo, que não conseguiu nos últimos 15 anos, por viver completamente afastado da cidade que agora se propõe liderar”, assinala.
Mais: fica claro – anota – “que o interesse de António Braga na resolução deste e de outros projetos relevantes para a comunidade bracarense se esfuma num foguetório político, procurando retirar da discussão atabalhoada dos mesmos a notoriedade e o relevo que lhe faltam enquanto candidato. Caso assim não fosse, bastaria uma consulta ao processo de licenciamento em causa para que pudesse verificar os factos nele constantes”.
E, a concluir: “O PSD de Braga reafirma o seu compromisso com uma liderança transparente e responsável, focada em resolver os problemas reais da cidade, sem recorrer a ataques desinformados ou a promessas vazias. Braga merece uma gestão que respeite o presente e planeie o futuro – e não um candidato que revele ser uma cópia desqualificada de uma estratégia de passado e má memória. O candidato do PS não sabe, mas não deixa de falar. Braga merecia mais do PS”.