Neste Artigo
!Cheguei ao Natal a Podgorica, Montenegro e estou no meu 15° país”. A mensagem é de Henrique Pereira, enviada esta tarde a O MINHO, apontando que espera passar o ano novo na Albânia.
Apesar de ter sido bem recebido em Montenegro, onde “não param” de lhe dar “comida e álcool”, a situação de Henrique não está fácil. Ainda sem qualquer patrocinador, vai suportando gastos da comida com doações dos fiéis seguidores e com apoio da familia e amigos.
E desde que entrou na região dos Balcãs sente o “perigo constante na estrada”, sobretudo na Bósnia, onde quase perdeu a vida depois de um camião se ter despistado numa estrada cheia de neve.
Outro dos perigos são os lobos e os ursos, na Bósnia e em Montenegro, onde “cada noite tem sido um desafio para saber se aparece algum” para atacar a comida que transporta.
“Graças a Deus ainda não tive que ver nenhum lobo ou urso, mas sei que na Roménia será diferente”, prevê.
Pessoas bondosas nos Balcãs
Mas nem tudo é negativo. A O MINHO, Henrique recorda os “quatro melhores países” por onde passou: Eslovénia, Croácia, Bósnia e Herzegovina e Montenegro, país onde as pessoas são “espetaculares e bondosas”.
“Estou a meio caminho de acabar os Balcãs, neste caso falta a Albânia, Kosovo e Macedónia, para depois voltar a entrar na União Europeia”, aponta Henrique.
O Natal vai ser passado num hostel em Podgorica, oferta do pai, e onde já se encontra instalado desde ontem. No dia 26 “arranca” para a Albânia, onde a mãe irá reservar-lhe um hostel para a passagem do ano.
Quase atropelado e dormir em grutas
“Foi um ano cheio de coisas mistas, como quando me tentaram atropelar, ou quando fui roubado na Hungria, ou a tentativa de roubo quando dormi na gruta na Bósnia, desta vez sem sucesso, mas do resto sinto que conheci muito, tanto a situação dos países como também aprendi as culturas diferentes. E ainda vou aprender mais”, reforça.
Lembra que na Bósnia lhe ofereceram comida, dormida e até a “Rakija”, famosa aguardente de Este.
População de Montenegro é muito amigável
E mal entrou em Montenegro foi logo parado por um grupo de pessoas que o convidaram para beber, comer e até dormir na casa de um dos elementos do grupo.
“E não paravam de me dar mais comida e mais álcool e mais comida e mais álcool”, conta Henrique, que acabou por passar as noites em casa de pessoas diferentes.
“Vale relembrar que mesmo sem me conhecerem e depois de tudo isso, ainda me levaram a soldar o carrinho e compraram pneus novos para o carrinho tudo foram eles que pagaram”, recorda.
Albânia é incógnita
Em relação ao próximo país, Albânia, Henrique teme não só pelos furtos mas também pela polícia, uma vez que tem sido alertado durante a viagem para “ter cuidado” naquele país, “onde o furto e o abuso policial estão no prato do dia”.
Ajude o Henrique a chegar ao destino
Se quiser contribuir financeiramente para a viagem de Henrique Pereira, pode fazê-lo através dos seguintes canais:
GoFundMe: https://gofund.me/9cf3a8ae
MBWAY: 91 958 37 68
TB: Henrique Pereira
PT50.0036.0117.99100023136.64