Um golo de João Aurélio nos descontos permitiu hoje ao Nacional empatar no terreno do Vitória SC (2-2), num jogo da 15.ª jornada em que os minhotos voltaram a desperdiçar várias ocasiões.
Os madeirenses contrariaram o ascendente vitoriano nos primeiros 45 minutos com o golo inaugural, marcado por Isaac Tomich, aos nove, sofreram a reviravolta com golos de Tiago Silva, aos 23, de penálti, e de Nuno Santos, aos 49, e repuseram a igualdade nos segundos finais, ‘castigando’ a ineficácia vitoriana na hora de atirar à baliza.
Ao contabilizarem o terceiro jogo consecutivo sem triunfos no campeonato, os vitorianos mantêm o sexto lugar, com 23 pontos, enquanto os insulares, ainda sem triunfos ‘fora de portas’, ocupam o 13.º posto, com 13.
Os vimaranenses mostraram, desde o primeiro segundo, vontade de se ‘instalarem’ no meio-campo adversário e de atirarem à baliza defendida por Lucas França, como aconteceu aos três minutos, num remate de Gustavo Silva, mas foram os madeirenses a ‘inaugurar o marcador’.
Num lance aparentemente controlado, o vitoriano Mikel Villanueva ‘perdeu’ a posição e a bola para Dudu Teodora, que se limitou a atrasar o esférico para a conclusão certeira de Isaac Tomich, com um remate bem colocado.
Em desvantagem, os minhotos ‘monopolizaram’ o futebol ofensivo da restante primeira parte, aproveitando os passes longos de Manu Silva para servir o corredor direito, onde a velocidade de Alberto e de Kaio César fez ‘estragos’ na retaguarda do Nacional e originou a maioria dos lances de perigo até ao intervalo.
Os anfitriões empataram numa grande penalidade convertida por Tiago Silva, que resultou precisamente de um passe longo para Alberto, derrubado no interior da área por José Vítor, num lance em que o árbitro João Pinheiro consultou o videoárbitro por quatro minutos, antes de uma decisão final.
A equipa treinada por Rui Borges, cujo nome foi amplamente noticiado durante a tarde de hoje como possível sucessor de João Pereira no Sporting, ameaçou a reviravolta por Samu, num remate travado por Ulisses em cima da linha de baliza, aos 28 minutos, num ‘disparo’ de Alberto à malha lateral, aos 33, e num livre de Tiago Silva à trave, aos 38, mas só a operou no início da segunda parte.
Sempre ‘enérgico’ na ala direita, Kaio César aproveitou uma perda de bola de Ulisses e ganhou espaço para colocar a bola no ‘coração’ da área, onde apareceu Nuno Santos a atirar de primeira para o fundo das redes.
Face à inversão de ‘papéis’ no desafio, o conjunto treinado por Tiago Margarido teve de reagir e conduziu a bola para terrenos adiantados, com várias aproximações à baliza contrária nos 15 minutos seguintes, que foi incapaz de traduzir em perigo.
Após a entrada de João Mendes para o lugar de Samu, os vitorianos retomaram a ‘onda’ atacante e desperdiçaram novas ocasiões por Gustavo Silva, aos 75, e por Nuno Santos, aos 76, em mais um possível golo evitado por Ulisses, antes de recuarem no terreno.
Num último esforço em busca do empate, o Nacional atacou mais nos 10 minutos finais, embora com ‘mais coração do que cabeça’, mas, ainda assim, a tempo do almejado ponto, num cabeceamento ‘irrepreensível’ de João Aurélio após canto de José Gomes.
Ficha de jogo
Jogo no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães.
Vitória SC – Nacional, 2-2.
Ao intervalo: 1-1.
Marcadores
0-1, Isaac Tomich, 09 minutos.
1-1, Tiago Silva, 24 (grande penalidade).
2-1, Nuno Santos, 49.
2-2, João Aurélio, 90+3.
Equipas
– Vitória: Bruno Varela, Alberto, Óscar Rivas, Mikel Villanueva, João Miguel Mendes, Manu Silva, Tiago Silva (Zé Carlos, 87), Samu (João Mendes, 64), Kaio César (Dieu-Merci, 78), Nuno Santos (Tomás Händel, 78) e Gustavo Silva (Telmo Arcanjo, 87).
(Suplentes: Gui Ribeiro, Miguel Maga, Jorge Fernandes, Tomás Händel, Zé Carlos, João Mendes, Telmo Arcanjo, José Bica e Dieu-Merci).
Treinador: Rui Borges.
– Nacional: Lucas França, Gustavo Garcia, Ulisses, José Vítor, José Gomes, Djibril Soumaré, Luís Esteves (Léo Santos, 90+4), Bruno Costa (Laabidi, 76), Arvin Appiah (João Aurélio, 77), Dudu Teodora (Daniel Penha, 87) e Isaac Tomich (Dyego Sousa, 46).
(Suplentes: Rui Encarnação, João Aurélio, Chico Gonçalves, Léo Santos, Matheus Dias, André Sousa, Daniel Penha, Laabidi e Dyego Sousa).
Treinador: Tiago Margarido.
Árbitro: João Pinheiro (AF Braga).
Ação disciplinar: cartão amarelo para José Vítor (18) e Tomás Händel (90+1).
Assistência: 17.423 espetadores.
