A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, apelou hoje à assinatura de uma petição lançada pelo partido que pretende melhorar as condições laborais dos trabalhadores por turnos, sublinhando a importância do seu serviço no Natal.
Numa mensagem de Natal em vídeo, divulgada pelo partido, Mariana Mortágua afirmou que o BE “não esquece” os trabalhadores por turnos, que na terça e quarta-feira estarão ao serviço e, por isso, longe das suas famílias nesta época festiva.
“Quando as lojas e supermercados se encherem para as últimas compras, estarão milhares de pessoas a trabalhar por turnos. Os aeroportos vão encher-se de emigrantes que regressam a Portugal para passar o Natal com a família. E lá estarão, na pista de aterragem, no balcão de atendimento ou na limpeza, milhares de trabalhadoras a cumprir o seu turno”, enumerou.
A coordenadora bloquista referiu ainda os profissionais de saúde ou o facto de muitas fábricas não pararem de trabalhar, “mesmo sem qualquer razão que justifique a sua laboração contínua”.
Mariana Mortágua apelou à assinatura de uma petição, lançada pelo partido no passado mês de novembro, que pretende melhorar as condições laborais destes trabalhadores, afirmando que está em causa um universo de cerca de 800 mil cidadãos.
“Muitas destas pessoas vão passar o Natal sem a sua família, o que significa que muitas famílias vão passar o Natal sem elas. Lançámos recentemente uma petição para compensar quem acumula o desgaste de uma vida por turnos”, referiu.
Os bloquistas pretendem inscrever na lei que quem trabalha por turnos tenha direito a um subsídio obrigatório, correspondente a pelo menos 30% do seu salário base, a antecipação da idade de reforma em seis meses por cada ano de trabalho por turnos ou noturno (até ao limite dos 55 anos de idade), dois fins de semana de descanso, no mínimo, a cada seis semanas de trabalho e descanso de 24 horas entre cada turno.
Um máximo de 35 horas semanais para quem faz trabalho por turnos ou noturno, o direito a dispensa de trabalho por turnos para trabalhadoras grávidas ou a amamentar e trabalhadores com filhos até aos três anos e “critérios rigorosos para as autorizações de laboração contínua”, são outras das reivindicações incluídas nesta petição, que já recolheu 12 mil assinaturas.