O SC Braga perdeu hoje com a Roma, por 3-0, num jogo da sexta jornada da fase de liga da Liga Europa de futebol em que foi completamente dominado e se ‘salvou’ de uma goleada.
Pellegrini (10 minutos), Saud (47) e Hermoso (90+1) fizeram os golos da equipa de Claudio Ranieri, que ficou a dever a si própria e ao guarda-redes bracarense Matheus – expulso na segunda parte, depois de uma saída precipitada – um resultado bem mais dilatado, mas que empurra os transalpinos para a frente dos minhotos na tabela.
Sem Niakaté e Bruma, ausentes por opção técnica, Carlos Carvalhal fez quatro alterações no ‘onze’ em relação àquele que começou o último jogo (empate 2-2 com o Estoril Praia), chamando Paulo Oliveira, Robson Bambu, Gorby e Gharbi à equipa inicial.
Os minhotos até entraram bem na partida, conseguindo ter bola nos primeiros 10 minutos, mas, na primeira aproximação à baliza visitante, a Roma não perdoou: lançamento longo de N’Dicka a descobrir muito espaço entre João Ferreira e Roger, e Zalewski serviu Pellegrini que, à entrada da área e de zona frontal, rematou rasteiro, inaugurando o marcador.
O jogo transformou-se a partir daqui, passando a ter um único sentido, o da baliza bracarense.
O capitão romano esteve muito perto de ‘bisar’ aos 15 e aos 29 minutos, mas primeiro cabeceou à barra, beneficiando de um grave erro de marcação de João Ferreira, e depois atirou ligeiramente ao lado.
A equipa de Carlos Carvalhal ‘desapareceu’ do jogo, não conseguia ligar uma jogada com princípio, meio e fim e sofreu com o ‘vendaval’ ofensivo dos ‘giallorossi’.
Nos últimos minutos da primeira parte, e num curto espaço de tempo, Matheus foi fundamental ao parar remates do ‘inevitável’ Pellegrini (41), N’Dicka (41) e Mancini (42) para que a Roma não dilatasse a vantagem – o Braga foi para o intervalo com um resultado lisonjeiro.
Já com Adrián Marín no lugar de Bambu, o segundo tempo abriu com o segundo golo dos italianos, com Saud a aproveitar a falta de agressividade defensiva dos minhotos.
Carvalhal lançou Zalazar e André Horta pouco depois, mas, não fosse Matheus a tapar as ‘brechas’ deixadas pela sua defesa, aliadas ao desperdício da equipa da casa, e o resultado ter-se-ia avolumado.
O guardião luso-brasileiro, até aí o melhor dos ‘arsenalistas’, ‘borrou a pintura’ ao tocar com o braço na bola fora da área, após uma saída algo precipitada da baliza, e foi expulso, deixando o Braga a jogar com menos um jogador nos últimos 25 minutos.
Curiosamente, foi nesta fase que os bracarenses conseguiram ser um pouco mais audazes, aproveitando também algum relaxamento dos romanistas, e criar alguns lances de relativo perigo, como um remate de Adrián Marín às malhas laterais (76).
Perto do fim, seria, contudo, a Roma a fazer o terceiro, por Hermoso, com uma recarga a defesa incompleta de Hornicek a remate de N’Dicka, espelhando melhor no marcador o que se passou em campo.
O próximo jogo do SC Braga na Liga Europa será com os belgas do Union Saint-Gilloise, no terreno destes, em 23 de janeiro de 2025, na sétima e penúltima jornada da fase de liga.
Ficha de jogo
Jogo no Estádio Olímpico de Roma.
Roma – SC Braga, 3-0.
Ao intervalo: 1-0.
Marcadores:
1-0, Lorenzo Pellegrini, 10 minutos.
2-0, Saud Abdulhamid, 47.
3-0, Mario Hermoso, 90+1.
Equipas:
– Roma: Mile Svilar, Gianluca Mancini, Mats Hummels (Mario Hermoso, 74), Evan N’Dicka, Saud Abdulhamid, Niccolò Pisilli (Enzo Le Fée, 85), Manu Koné, Nicola Zalewski, Matias Soulé (Stephan El Shaarawy, 74), Lorenzo Pellegrini (Alexis Saelemaekers, 74) e Paulo Dybala (Artem Dovbyk, 46).
(Suplentes: Renato Marin, Mathew Ryan, Angeliño, Artem Dovbyk, Eldor Shomurodov, Zeki Çelik, Mario Hermoso, Enzo Le Fée, Tommaso Baldanzi, Alexis Saelemaekers, Aboubacar Sangare, El Shaarawy).
Treinador: Claudio Ranieri.
– Braga: Matheus, João Ferreira, Paulo Oliveira, Robson Bambu (Adrián Marín, 46), Roger, Gorby, João Moutinho (Zalazar, 56), Gabri Martínez, Gharbi (Hornicek, 70), Ricardo Horta (André Horta, 56) e El Ouazzani (Roberto Fernández, 74).
(Suplentes: Hornicek, Tiago Sá, Victor Gómez, Jónatas Noro, Arrey-Mbi, Yuri Ribeiro, Adrián Marín, Vítor Carvalho, André Horta, Zalazar, João Marques e Roberto Fernández).
Treinador: Carlos Carvalhal.
Árbitro: Daniel Siebert (Alemanha).
Ação disciplinar: cartão amarelo para Roger (32), Ricardo Horta (50) e Mats Hummels (73). Cartão vermelho direto para Matheus (68).
Assistência: cerca de 50 mil espetadores.