Associação de Braga quer devolver nacionalidade aos guineenses que lutaram por Portugal

Autarcas monárquicos reuniram-se com militares guineenses
Foto: DR

A Associação Portuguesa dos Autarcas Monárquicos (APAM), com sede em Braga, tornou, hoje a exigir a “devolução da nacionalidade portuguesa aos antigos militares portugueses nascidos na Guiné-Bissau que serviram o exército português”.

“Eram portugueses e deixaram de o ser depois do 25 de abril de 1974. Quem defendeu e morreu pela Pátria, quem jurou a bandeira portuguesa, quem cantou o hino nacional, tem todo o direito de ser reconhecido como cidadão português. É imperioso que Portugal dignifique todos os portugueses nascidos na Guiné Portuguesa que lutaram do lado de Portugal”, diz o organismo em nota enviada a O MINHO.

O seu presidente Manuel Beninger, reuniu-se, esta segunda-feira, com a direção da Associação dos Ex-Combatentes das Forças Armadas Portuguesas na Guiné-Bissau (ADECOFARP-GB), e seu presidente Amadu Jau.

Para Manuel Beninger, “com a independência, e apesar do compromisso assumido no Acordo de Argel em 1974, os militares portugueses nascidos na Guiné Portuguesa, atual Guiné-Bissau, que, como portugueses ingressaram nas Forças Armadas Portuguesas, foram ‘traídos’ pelo país que juraram defender. Abandonados, foram obrigados a fugir e a procurarem refúgio. Os que foram capturados por aqueles que lutaram pela independência sofreram torturas e muitos foram fuzilados”.

Foto: APAM

E, prosseguindo, acrescenta a APAM: “Foi feita uma grande injustiça a estes militares que se consideravam e se consideram ainda portugueses. Foram humilhados, ostracizados, muito maltratados a todos os níveis. Roubaram-lhes a nacionalidade, e esse é um direito que nunca lhes devia ter sido retirado.”

E, a concluir: “Afinal, em oposição à versão da história que é ensinada nas escolas portuguesas, na Revolução dos Cravos houve muito sangue derramado, só que no continente africano”.

 
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