A Câmara de Vila Nova de Cerveira quer envolver a população na criação de um espaço natural de quatro hectares, num projeto com a cidade galega de Tomiño que representa um investimento de 900 mil euros.
“O valor aprovado é para o global da operação que incluirá muitas outras ações a executar até dezembro de 2026. São cerca de 700 mil euros para a eurocidade Cerveira/Tomiño e cerca de 200 mil euros para a Câmara de Cerveira”, explicou à Lusa fonte daquele município.
O projeto, financiado por fundos comunitários, envolve um “plano de valorização de linhas de água e adaptação às alterações climáticas, monitorização da qualidade ambiental, ações de promoção do consumo local e da económica circular”, acrescentou.
No dia 24, descreve a autarquia em comunicado, realiza-se “o primeiro passo para a recuperação” da envolvente ao troço final do Ribeiro de S. Gonçalo, envolvendo a população numa ação de limpeza enquadrada no Dia Mundial da Ciência.
“Trata-se do primeiro passo para o envolvimento da comunidade no desenvolvimento de uma relação urbano-rural positiva, catalisador de uma transformação dos hábitos de consumo, baseada no consumo de proximidade, nos recursos endógenos, no controlo das espécies invasoras e na economia circular”, explicou o município, numa resposta escrita enviada à Lusa.
Para a Câmara, “todo o capital natural associado à bacia do rio Minho, designadamente o Ribeiro de S. Gonçalo, dota o território mais amplo da eurocidade Cerveira-Tomiño de serviços de ecossistemas que aportam benefícios para o bem-estar social, mas também para a sustentabilidade da economia, através de serviços de provisão (agricultura e pesca), da regulação climática e de serviços de suporte à biodiversidade”.
Assim, torna-se “fundamental trabalhar a preservação, recuperação e valorização partilhada destes recursos com envolvimento da sociedade civil, entre população e empresas comprometidas com a responsabilidade social e ambiental”.
O objetivo é “tornar aquele espaço envolvente ao troço final do Ribeiro de S. Gonçalo de uma usufruição harmoniosa do homem com a natureza, dando continuidade, até por razões de proximidade, ao Parque de Lazer do Castelinho”.
O projeto é cofinanciado em 75% pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através da convocatória Interreg VA POCTEP.