Ourives de Ponte de Lima saiu em liberdade (mas está proibido de ter armas de fogo)

Medida de coação
Foto: DR

O ourives de Ponte de Lima detido pela PJ de Braga, por ter baleado um assaltante, ficou esta quinta-feira libertado pelo tribunal mas fica proibido de utilizar qualquer tipo de armas de fogo durante oito meses, período que coincide com o prazo à partida previsível para a conclusão das investigações criminais a cargo da Polícia Judiciária de Braga, para além do termo de identidade e residência, prestado na PJ.

João Gama, de 82 anos, está indiciado pela alegada autoria de um crime de homicídio na forma tentada.

O primeiro interrogatório judicial do ourives octogenário, realizado no Palácio da Justiça de Ponte de Lima, que ocorreu durante a tarde desta quinta-feira, véspera de feriado nacional, chegou a estar em causa, devido à greve na função pública, face ao prazo máximo de 48 horas que poderia estar detido sem ir a um juiz, para ser interrogado e aplicação das medidas coativas.

A situação ocorreu ao início da tarde desta quarta-feira, quando um grupo de três homens, naturais da Costa Rica, furtaram objetos de uma ourivesaria, no centro de Ponte de Lima, colocando-se em fuga, um dos quais acabou baleado pelo octogenário, tendo sofrido ferimentos graves, que implicaram uma intervenção cirúrgica de emergência para reconstituição de um cotovelo.

Na sequência da intervenção da PSP de Ponte de Lima, o assaltante ferido, de 21 anos, que sofreu ferimentos graves num dos braços, encontra-se internado no Hospital de Viana do Castelo, indiciado pelo cometimento de um crime de furto, qualificado penalmente devido ao elevado valor comercial dos objetos, com os quais fugia, dentro de uma mochila, recuperados pela PSP.

Os outros dois assaltantes continuam fugidos das autoridades policiais, mas tudo indica que já estarão ambos identificados, ao mesmo tempo que são igualmente suspeitos de cometerem mais assaltos na região do Minho e especialmente na zona de Braga, estando todos os assaltos já conhecidos em investigação na Polícia Judiciária de Braga, com a colaboração da PSP e da GNR.

 
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