“Foi uma vitória inteiramente justa”

Carlos Carvalhal
Foto: LUSA (Arquivo)

Declarações após o jogo da nona jornada da I Liga de futebol entre SC Braga e Farense (2-0), disputado hoje em Braga:

– Carlos Carvalhal (treinador do SC Braga): “Foi uma vitória inteiramente justa, com uma exibição segura, contra um adversário muito bem organizado defensivamente. Agradeço a tranquilidade que a massa associativa deu à equipa, que precisava dela para este jogo contra uma equipa muito perto da área, numa linha de cinco, às vezes seis, e com um avançado na frente. A nossa ação passava por jogar a bola no pé e fazer roturas na última linha, marcámos um golo, mas antes criámos oportunidades, o que não é fácil contra uma equipa assim.

O Roberto [Fernández] não estava disponível, precisávamos de um avançado no banco em caso de necessidade e sabíamos que o El Ouazzani dificilmente jogaria os 90 minutos. O Bruma tem formação de ponta de lança, já tinha falado com ele durante a semana, e na segunda parte lançámos o nosso plano mais incisivo, com o Gabri Martínez e o El Ouazzani. Chegámos ao 2-0 e depois temos seis situações claríssimas de golo, uma bola na barra, muita posse de bola.

O Ricardo Horta é o jogador que mais corre, se algum jogo não lhe tem corrido bem, a confiança vai começar a aparecer e o golo vai chegar. Quem corre, trabalha e dá tudo pode ir para o banco e está sempre mais perto de jogar.

A equipa está a crescer, mas tem sido penalizada por situações pouco comuns no futebol. A vinda do Moutinho e do Zalazar vem acrescentar à nossa equipa.

É mais um jogo sem sofrer golos e ficámos contentes. A base de uma equipa é ter coesão defensiva, mas também nos falta alguma confiança na finalização. Temos que melhorar isto para aumentar os índices de confiança – e urgentemente.

A resposta de Niakaté após a expulsão com Bodo/Glimt? Tenho por princípio não excluir ninguém e dar uma segunda oportunidade às pessoas. Cometeu um erro, mas teve uma reação fortíssima, da mesma forma que o André [Horta] teve uma chamada de atenção e reagiu, e isso é bastante para a equipa. Quando joga ele [Niakaté] e o Paulo Oliveira temos sofrido menos golos”.

– Tozé Marreco (treinador do Farense): “O momento do jogo é o golo aos 41 minutos da forma como foi. O jogo estava com ascendente e domínio muito consentido da nossa parte, como previsto e trabalhado, dar a iniciativa ao Braga na primeira fase e o jogo estava a ir ao encontro ao que queríamos. Saíamos com muito perigo duas ou três vezes, conseguimos controlar uma equipa muito forte, uma das mais fortes do campeonato, com muita experiência na frente. [Mas] Sofrer um golo daqueles, daquela forma, em que abordámos mal o lance duas vezes, condicionou-nos e, na segunda parte, não conseguimos causar o perigo que deveríamos.

Surpreendido pelo ‘onze’ do Braga? Tínhamos oito jogadores indisponíveis, agora seis porque jogaram dois que pouco treinaram durante a semana e com enorme risco, e o Elves Baldé esteve na seleção. Esta foi a nossa realidade para abordar este jogo. Eu sou o primeiro a querer ir mais para a frente, mas o jogo não nos permitiu.

Com os avançados do Braga dá para fazer dois ou três ‘onzes’. Percebi o objetivo de não ter um ponta de lança fixo e conseguimos controlar isso muito bem até aos 41 minutos. Estava tudo previsto, fomos muito penalizados por um erro enorme que nos condicionou”.

 
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