O Centro de Estudos Lusíadas, unidade cultural da Universidade do Minho (UMinho), e o Centro de Estudos Mirandinos, vão organizar na quinta e sexta-feira o “Colóquio Internacional 500/100: 500 anos do nascimento de Camões. 100 da morte de Teófilo Braga”.
Este evento, que conta com a colaboração de várias entidades, será realizado em diferentes locais, nomeadamente a Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva (BLCS) e Biblioteca Pública de Braga (BPB), assim como a Biblioteca Municipal Francisco de Sá de Miranda, em Amares, e o Centro de Formação do Alto Cávado.
Em comunicado, a academia minhota explica que o colóquio, de inscrição gratuita, celebra os 500 anos do nascimento de Luís de Camões e os 100 anos da morte de Teófilo Braga, dois nomes fundamentais da literatura e da cultura portuguesa.
O evento tem como objetivo proporcionar um espaço de diálogo e reflexão em torno da obra destes dois autores, com base em novas abordagens críticas e pressupostos teóricos contemporâneos. O programa é diversificado e inclui palestras, tertúlias, debates, uma exposição documental e momentos culturais.
Programa dividido entre Braga e Amares
Na quinta-feira, a receção dos participantes acontecerá pelas 16:00 e terá lugar na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva. Às 16:30, na BLCS, será inaugurado o primeiro núcleo da exposição “500 anos do nascimento de Camões. 100 da morte de Teófilo Braga”, enquanto a Biblioteca Pública de Braga acolherá a inauguração do segundo núcleo da exposição, pelas 18:00. Segue-se, na Sala Dourada desse mesmo espaço, uma tertúlia que contará com a participação de Rita Marnoto, professora catedrática da Universidade de Coimbra, e Carlos Maria Bobone, autor do livro “Camões, vida e obra”, com moderação de Micaela Ramon, coordenadora científica da exposição.
Na sexta-feira, a grande parte dos trabalhos decorrerá na Biblioteca Municipal Francisco de Sá de Miranda, em Amares. A sessão inicia-se às 09:00 com uma abertura oficial que contará com as intervenções de Manuel Moreira, presidente da Câmara Municipal de Amares, Sérgio Guimarães de Sousa, diretor do Centro de Estudos Mirandinos, José de Sousa Teixeira, presidente da Comissão Diretiva do Centro de Estudos Lusíadas, e António Amaro, diretor do Centro de Formação do Alto Cávado.
Destaque, nesse dia, para a conferência plenária de Rita Marnoto, que se irá iniciar pelas 10:00, intitulada “Teófilo Braga e Camões: Para além do Orientalismo”. Seguem-se várias comunicações de especialistas, abordando temas como “Picturing Camões in Goa”, por Irene Silveira Almeida e Loraine Ethel Barreto Alberto, da Universidade de Goa, e “As prisões de Camões e os seus motivos”, por Márcia Arruda Franco, da Universidade de São Paulo, “José Silvestre Ribeiro, um leitor de Camões no século XIX: Pensamento ético-moral, ciência e reflexão estética”, por Paulo Silva Pereira, Universidade de Coimbra; “Mulheres de Letras do Tempo de Camões: Vozes Resgatadas de Quinhentos”, por Dalila Maria Teixeira Milheiro, investigadora CLEPUL e CEMRI-UA; e “António Ferreira e Camões”, por Maria do Socorro Gomes Torres, da Fundação Universidade Federal de Rondônia, Brasil. O colóquio termina com um momento cultural, com uma visita ao Mosteiro de Santo André de Rendufe.
“Este colóquio constitui uma oportunidade imperdível para celebrar e refletir sobre a obra de Camões e Teófilo Braga, num contexto de discussão académica e partilha cultural”, conclui a UMinho.