Politécnico de Viana já evitou que toneladas de comida fossem para o lixo

Através de ações de combate ao desperdício alimentar
Foto: Lusa

O Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) tem desenvolvido uma “política ativa” de combate ao desperdício alimentar, sensibilizando a comunidade académica para a “importância de evitar excessos nas refeições” e evitando, ao longo dos anos, que toneladas de comida cozinhada fosse parar ao lixo, anunciou hoje a instituição.

Em comunicado, refere que a esta estratégia, implementada em todas as cantinas e bares do IPVC, tem apresentado resultados “muito positivos” ao longo dos anos.

Nas cantinas do IPVC, os estudantes são inicialmente servidos com uma “porção normal” e podem repetir apenas depois de comerem a totalidade da primeira porção.

“Esta medida não visa deixar ninguém com fome, mas sim consciencializar para o desperdício alimentar”, afirma o administrador dos Serviços de Ação Social do IPVC (SAS-IPVC), Luís Ceia.

Para assinalar o Dia Internacional da Consciencialização sobre a Perda e o Desperdício Alimentar, no próximo sábado, 29 de setembro, o IPVC destaca as medidas mais impactantes implementadas no combate ao desperdício alimentar nas suas cantinas.

Uma das iniciativas mais eficazes é o programa “Prato Limpo”, implementado na Escola Superior de Educação (ESE-IPVC), onde os estudantes são responsáveis por limpar os próprios tabuleiros após as refeições, sensibilizando para o volume de desperdício diário.

Além disso, as trabalhadoras das cantinas recebem formação específica sobre desperdício alimentar, e incentiva-se a reserva prévia de senhas de refeição, garantindo que o número de refeições confecionadas corresponde ao necessário.

“O IPVC colabora também no projeto ReFood. Ou seja, as refeições confecionadas e não servidas são entregues através do ReFood a famílias carenciadas”, acrescenta Luís Ceia.

No âmbito desta política estratégica, o Politécnico de Viana do Castelo é também membro do “Food Chase”, um projeto financiado pelo Programa Erasmus+, que tem a missão de “construir ecossistemas de cadeia alimentar sustentáveis e reduzir os elevados índices de desperdício, que vão desde a produção ao consumo”.

Já em 2017, com a implementação de uma série de medidas inovadoras, o IPVC conseguiu reduzir em cerca de meia tonelada a quantidade de alimentos desperdiçados em apenas seis meses.

Embora não existam dados concretos mais recentes, Luís Ceia destaca que a redução continua, “fruto do empenho de toda a comunidade académica”, o que nesta altura se traduz num “menor desperdício”.

Mas este é um trabalho transversal. A Federação Académica do IPVC, em conjunto com as Associações de Estudantes, também desempenha um “papel crucial” neste esforço.

A campanha anual “Natal para Todos” é um exemplo, com bens alimentares angariados destinados à ReFood.

Henrique Maciel, presidente da Federação, sublinha ainda que “os alimentos excedentes de várias iniciativas também são doados, reforçando o compromisso contínuo de combate ao desperdício”.

“Todas as iniciativas, que envolvam alimentos, organizadas pelo centralmente pelo IPVC ou pelas suas unidades orgânicas, comungam deste mesmo princípio”, finaliza a instituição.

 
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