O treinador Carlos Carvalhal apelou hoje ao “foco e disciplina” dos jogadores do SC Braga, mostrando-se confiante na vitória diante do Servette, na Suíça, e na passagem ao play-off da Liga Europa de futebol.
“Vai ser com humildade, trabalho e união que vamos conseguir trazer a vitória da Suíça”, disse, antevendo o jogo da segunda mão da terceira pré-eliminatória depois do 0-0 em Braga.
O treinador quer “foco e disciplina” e que os jogadores “honrem o SC Braga”, mas tenham também “um bom espírito e uma vontade enorme de vencer”.
Carlos Carvalhal, que inicia a terceira passagem pelo comando técnico do SC Braga, depois de meia época em 2006/07 e das temporadas 2020/21 e 2021/22, elogiou a vontade de vencer que viu na equipa diante do Estrela da Amadora, na primeira jornada, apesar do empate (1-1) e mesmo não tendo feito “um jogo extraordinário”.
“Isso é meio caminho andado, depois demos uma pincelada ou outra em termos de organização e de estratégia em relação ao adversário. Temos que ser humildes também, senão podemos ter problemas. Com foco, humildade e respeito pelo adversário, estamos convictos que vamos passar”, salientou.
O técnico desejou ainda “felicidades” a Daniel Sousa e à sua equipa técnica e rejeitou estar a criticar o treinador cessante.
“De forma alguma queria dizer que a equipa não estava organizada. Falei em organização em função da nossa maneira de jogar. A nossa equipa permite ter organizações pontualmente diferentes, uma maneira de pressionar e de defender distintas e foi isso que entendemos fazer nestes dias”, referiu.
O treinador disse ainda que o plantel está aberto até ao fecho do mercado, podendo haver saídas e entradas, e frisou contar com André Horta e Banza.
“O André [Horta] é um jogador que aprecio bastante. Na segunda época [de Carvalhal em Braga] jogou bastante e foi fundamental. Também tive oportunidade de o levar para o Olympiacos [na temporada passada]. Fico contente por estar no plantel. Vamos com certeza continuar nas competições europeias, vamos ter uma densidade de jogos enorme e, por isso, vamos precisar dele, até porque o SC Braga tem que ter dois jogadores por posição”, disse.
Já Banza “tem contrato e está disponível”, ainda que não nos melhores índices físicos porque veio de lesão, mas está convocado e, “se necessário, pode entrar no jogo”.
Carlos Carvalhal frisou que “o importante é colocar os jogadores confortáveis dentro do campo”.
“Perguntei, por exemplo, ao Rodrigo [Zalazar] se estava confortável com aquilo que lhe ia pedindo. Depois vai-se à dinâmica, que surge com o tempo, mas a qualidade dos jogadores vai permitir isso”, disse.
Ao seu lado, o médio uruguaio frisou a importância dos jogadores estarem “unidos” e considerou que o SC Braga tem “capacidade suficiente para ganhar este jogo”.
Sobre a troca de treinador, Zalazar, de 25 anos, notou que, “obviamente que não houve muito tempo”, mas o suficiente “para entender as novas ideias do novo treinador”.
“O treinador disse que queria união, que todos fizéssemos o nosso trabalho para ajudar o nosso companheiro. No final, o mais importante é estarmos unidos e ganhar”, reforçou, considerando que, na Suíça, há que “colocar a bola na baliza” porque “para ganhar é preciso marcar golos”.
Victor Gómez está de volta às opções, após cumprir o jogo de castigo no campeonato, enquanto Robson Bambu recuperou de lesão e pode entrar nas contas do técnico. Já Paulo Oliveira continua lesionado e André Horta não treinou devido a uma virose.
SC Braga e Servette defrontam-se a partir das 19:30 (hora em Lisboa) de quinta-feira, no Estádio de Genebra, na Suíça, num jogo que será arbitrado pelo croata Igor Pajac.