Declarações após o jogo SC Braga–Sporting (0-2), segunda partida do play-off da final do campeonato nacional de futsal, realizada na terça-feira, em Braga:
– Joel Rocha (treinador do SC Braga): “Um dos indicadores que nos diz porque não tivemos outro resultado foi não termos sido eficazes. O Sporting teve obviamente algum mérito, mas criámos situações para sermos mais felizes. Uma equipa que não sofre golos está de parabéns, como o Sporting, e nós, sem conseguir marcar, ficou mais difícil.
Na primeira parte, dentro de algum equilíbrio, o Sporting esteve melhor que nós, mas, na segunda, nós estivemos um bocado melhor. Tivemos uma oportunidade logo aos 10 segundos e estivemos francamente bem na segunda parte, tivemos mais e melhores oportunidades. No 4×3, tivemos uma bola no poste e outra situação e, no 5×4, tivemos uma boa situação de finalização pelo Fábio [Cecílio]. No global, fizemos por merecer outro resultado que não a derrota e os zero golos marcados. A única desilusão é em relação ao resultado, e deixa-me orgulhoso o que conseguimos fazer.
Se a equipa sentiu o peso da responsabilidade? Jogar em casa tem sido sinónimo de vitórias, foi a primeira derrota em 40 minutos e a segunda em casa. Jogar em casa será sempre confortável para nós e desconfortável para os adversários.
O Braga tem capacidade para, seja onde for, jogar olhos nos olhos e vencer qualquer adversário. Essa capacidade é construída pela equipa e faz parte da sua identidade. Para mim é intocável, temos capacidade para vencer quem quer que seja, em qualquer pavilhão.
Robinho recuperável para sábado? Está entregue ao departamento médico, todas as horas e dias são importantes para a recuperação, sábado lá estaremos como super guerreiros para enfrentar o jogo”.
– Nuno Dias (treinador do Sporting): “Defensivamente estivemos irrepreensíveis, não permitimos grandes situações de perigo a uma equipa forte como é o Braga. Também estivemos muito bem na forma como reagimos à perda e no ataque fomos criando oportunidades e ao intervalo o 1-0 era magro face ao nosso volume atacante na primeira parte. Podíamos ter feito melhor.
Na segunda parte, há uma reação de uma equipa que tem qualidade, teve algum ascendente, mas sem criar grandes oportunidades, tirando nos momentos de 4×3 e de 5×4. A vitória ajusta-se bem e reflete o que foi o jogo. Foi a primeira vez que o Braga não marca golos neste pavilhão e esse dado é extraordinário. O Braga também está de parabéns, porque tem tido mérito.
O João Matos é um jogador importante para determinadas fases do jogo e, aí, ele ajuda bastante, como se empenha e trabalha e também como lidera os colegas em campo.
Espero que este resultado tenha um impacto positivo em nós e negativo no adversário, mas não acredito, são equipas com muita experiência, não acredito que haja um baixar de braços ou um desacreditar nas suas competências. Tinha dito que vencer em Braga era garantir três ‘match points’, dois deles em nossa casa. Estamos muito por cima, mas isso não conta para nada, porque para sermos tetracampeões temos que vencer mais um jogo. E espero que seja já no sábado, porque estamos todos a precisar de férias e de descansar, merecemos ir mais cedo e queremos muito ser tetracampeões nacionais, algo que nunca ninguém alcançou no futsal português. Queremos fazer história.
Maior experiência pesou? Não concordo muito com isso, a equipa do Braga é experiente, com jogadores internacionais já com títulos a nível de seleções e de clubes, passaram por grandes clubes também. Teve a ver com a qualidade e união que apresentámos. Era importante passarmos para a frente, porque aí somos uma equipa muito difícil de bater”.