A Segurança Social registou um excedente de 1.031,2 milhões de euros até fevereiro, um recuo homólogo de 15,7%, segundo os dados da execução orçamental, hoje divulgados.
De acordo com a síntese da execução orçamental, publicada pela Direção-Geral do Orçamento (DGO), a receita efetiva da Segurança Social totalizou 6.577,3 milhões de euros, crescendo 11,3% nos dois primeiros meses deste ano face a igual período do ano passado, enquanto a despesa efetiva totalizou 5.546,1 milhões de euros, um aumento de 18,4% em termos homólogos.
Do lado da receita, a subida de 11,3% foi, em parte, explicada pelo aumento de 10,5% das contribuições e quotizações (ou seja os descontos que trabalhadores e empregadores fazem para a Segurança Social), refletindo a dinâmica do mercado de trabalho (empregos e remunerações), segundo referiu o Ministério das Finanças no comunicado que habitualmente antecede a divulgação desta síntese.
No acumulado destes dois meses, as quotizações e contribuições totalizaram 4.340,6 milhões de euros.
Do lado da despesa, destacou-se, pelo seu peso, a subida de 18,1% nos gastos com pensões (para um total de 3.290,3 milhões de euros) e com prestações de desemprego, que avançaram 16,1%, para 279,0 milhões de euros.
No referido comunicado, o Ministério das Finanças assinala que a despesa homóloga com pensões está influenciada pelo pagamento dos encargos relativos às retenções na fonte do IRS e pelo efeito do aumento intercalar.