PS/Braga pergunta como é que quatro ex-assessores passaram para o quadro da Câmara

Foto: Divulgação / CM Braga

O vereador socialista na Câmara de Braga, Artur Feio revelou ao MINHO que irá averiguar o porquê de quatro ex-assessores do Município terem, ultimamente, entrado nos quadros de funcionários: “não ponho suspeição sobre nada mas o PS gostaria de perceber porquê e como ocorreu”, sublinhou, vincando que vai pedir informações sobre a questão.

Em resposta, Ricardo Rio afirmou a O MINHO que, ”o facto de as pessoas exercerem funções como assessores políticos não as inibe de concorrerem a concursos públicos de recrutamento nos quais se sujeitam a todas as etapas de avaliação, algumas das quais totalmente externas ao Município”.

E salienta: “Os assessores que o município tem contratado são pessoas extremamente qualificadas, como o demonstra também o facto de muitos terem sido contratados por outras entidades públicas e privadas, o que faz com que não me surpreenda o facto de conseguirem ficar bem colocados nesses concursos.”

E Rio contra-ataca: “Quanto às preocupações do Vereador, devo dizer que, os tempos de toda a família (política) do Executivo tomar de assalto a Câmara e as empresas municipais acabaram em 2013”.

Oposição não é tida nem achada

Na última reunião do Executivo, a oposição (PS e CDU), criticou a falta de condições para o exercício das suas funções, quer em termos de instalações, quer de participação nas decisões.

O vereador socialista Artur Feio, a propósito de um item da ordem de trabalhos sobre o relatório de avaliação do Estatuto de Direito de Oposição, disse que, além de um gabinete exíguo no edifício Gnration, o PS “é marginalizado na discussão de todas as decisões importantes”.

Pediu mais condições para o exercício das suas funções, quer em termos de instalações, quer de participação nas decisões.

Apontou o caso do BRT (Autocarro de Transporte Rápido) – um investimento de 100 milhões de euros – , o projeto do parque ecomonumental das Sete Fontes, e ainda, as soluções para a Habitação ou a nova ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais): “estamos num gabinete longe da Câmara e dos dossiers, sem direito a assessores, mas, pior que isso é não aceitarem as nossas propostas”, lamentou.

O vereador da CDU, Vítor Rodrigues corroborou as críticas, sublinhando que fez uma pergunta em janeiro sobre as linhas de água que continua sem resposta. A este reparo, o vereador João Rodrigues explicou que tal se deve ao facto de o mapa do Plano Diretor Municipal estar desatualizado, estando em conclusão um processo de georeferenciação.

Ricardo Rio contrapôs que os grandes projetos são apresentados à oposição para que se pronuncie ou dê sugestões, mas vincou que quem tem de decidir e executar é a maioria PSD/CDS, eleita para o efeito: “uma coisa é apresentar e ouvir todos os partidos. Outra é decidir. Dessa não abdicamos”, sublinhou.

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