O Bloco de Esquerda visitou a antiga exploração mineira de volfrâmico, em Covas, Cerveira, e verificou que a recuperação ambiental anunciada ainda não iniciou.
O partido, fazendo-se representar pelas candidatas Adriana Temporão (cabeça de lista por Viana) e Ana Azevedo, por Leonídia Pereira, membro da Assembleia de Freguesia de Covas, e Abílio Cerqueira, dirigente distrital, juntamente com representantes da associação COREMA, visitaram o Ribeiro do Poço Negro.
Nesta visita, constataram, com “preocupação”, não só “os impactos que a exploração mineira deixou naquela zona, mas também os que deixa no Rio Coura, onde este ribeiro vai escoar”.
“A intervenção anunciada no início de 2023, é extremamente necessária e urgente, no entanto, foi com surpresa que não encontramos qualquer indício de que os trabalhos tenham sido iniciados”, referiu o partido, em comunicado enviado às redações.
No início do ano passado, foi anunciada nova intervenção por parte da Empresa de Desenvolvimento Mineiro, SA (EDM), no valor de dois milhões de euros, com o objetivo de “minimizar a geração de águas ácidas, mas também de assegurar uma adequada recolha e tratamento passivo das águas contaminadas previamente à sua drenagem para a ribeira do Poço Negro e do rio Coura”.
Entre 1942 e 1984, em Covas, Vila Nova de Cerveira, decorreu, de forma regular, a exploração mineira de volfrâmio.
A partir do ano de 1989 ficaram numa situação de “completo abandono”. Em 2007, iniciou-se aquilo que foi apelidado de “recuperação ambiental” desta área pela EDM, entidade que está encarregue de proceder à recuperação ambiental de zonas degradadas por antigas explorações mineiras.
Segundo as informações que constam no site da EDM, esta intervenção consistiu na modelação e impermeabilização das escombreiras, drenagem/tratamento de águas superficiais, renaturalização e recuperação paisagística, entre outras.