O departamento de Investigação Criminal da PJ de Braga acolheu, esta segunda-feira, 16 antigos inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), na sequência da extinção desta polícia.
O diretor da PJ bracarense, António Gomes disse a O MINHO que os novos polícias vão, agora, passar por um processo de instalação e integração, seguindo-se um outro de formação, de modo a que venham a ser integradas nas diferentes brigadas de investigação criminal existentes.
Os 16 inspetores ex-SEF tinham, na sua maioria, formação teórica e prática em matérias ligadas à proteção das fronteiras e crimes conexos como os de tráfico de pessoas, auxílio à emigração ilegal, falsificação de documentos (passaportes), etc.
O SEF fazia, ainda, a conexão com a Europol e as restantes polícias, europeias e outras, no combate à criminalidade internacional conectada como tráfico de seres humanos.
Ora, a investigação deste tipo de crimes está centrada nas diretorias do Porto e de Lisboa. “Se um dia vier a ser criada uma brigada em Braga para lutar contra este tipo de crimes é provável que estes inspetores a integrem”, sublinhou.
A integração dos novos polícias tem, no entanto, um outro obstáculo: as instalações da PJ são pequenas e com falta de espaço.
“Consegue-se acomodá-los, da melhor maneira. O que interessa é que, como são gente com experiência, vêm melhorar o serviço”, disse.
Recorde-se que, e conforme O MINHO tem noticiado, o Ministério da Justiça anunciou em julho que as obras de adaptação e requalificação das novas instalações da Polícia Judiciária de Braga – situada na antiga sede da extinta AIMinho – estarão prontas em 2024, num investimento de 6,3 milhões de euros.
A resolução governamental distribui o investimento por 2023 (quatro milhões de euros) e 2024 (2,3 milhões de euros).
Mas, ao que se sabe, o calendário previsto não deve ser cumprido, prevendo-se que a empreitada fique pronta em 2025.
