O Comando Sub-regional do Ave da Proteção Civil divulgou hoje um aviso da Autoridade Nacional (ANEPC) à população face às previsões de mau tempo para os próximos dias, alertando para a possibilidade de inundações urbanas, cheias e deslizamentos de terras.
No aviso, a ANEPC pede a “adoção de comportamentos adequados” para prevenir consequências do mau tempo, nomeadamente a desobstrução dos sistemas de escoamento de águas, fixação de estruturas soltas, cuidado na circulação junto a árvores, pela possibilidade de queda de ramos devido ao vento, evitar circular junto à orla costeira e zonas ribeirinhas, não praticar atividades relacionadas com o mar, adotar uma condução defensiva e não atravessar zonas inundadas.
Num comunicado hoje divulgado, o IPMA colocou sob aviso amarelo devido à possibilidade de períodos de chuva ou aguaceiros, por vezes fortes, os distritos de Braga e Viana do Castelo entre as 12:00 e as 18:00 de segunda-feira.
Aliás, catorze dos 18 distritos de Portugal Continental também vão estar sob aviso amarelo devido às previsões de chuva e vento a partir da meia-noite de segunda-feira.
De acordo com o IPMA, o aviso amarelo, o menos grave de uma escala de três, é emitido sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.
Previsão de períodos de chuva ou aguaceiros, por vezes fortes e acompanhados de trovoada e vento forte do quadrante sul, com rajadas até 75 km/h, sendo até 100 km/h nas serras também deixam em aviso amarelo Braga e Viana do Castelo, entre as 00:00 e as 18:00 de terça-feira.
O mau tempo que já se fez sentir na noite de sexta-feira e madrugada de sábado no norte do país provocou 294 ocorrências, incluindo 223 inundações em habitações e estradas.
Inundações em casas, restaurantes, elevadores e garagens, deslizamentos de terras e quedas de estruturas e árvores foram as principais ocorrências registadas.
Medidas preventivas
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) recorda que o eventual impacto
destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos
adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a
adoção das principais medidas preventivas para estas situações, nomeadamente:
− Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes
e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das
águas;
− Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e
outras estruturas suspensas;
− Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento
para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
− Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente
mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes locais;
− Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos
náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos
da orla marítima;
− Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a
possível formação de lençóis de água nas vias;
− Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas
para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
− Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de
Segurança.