Desmatamento volta a mostrar ruínas do antigo sanatório de Paredes de Coura

Foto: JF MOzelos

A zona florestal do Monte de Pena envolvente ao antigo sanatório de Mozelos, em Paredes de Coura, foi alvo de limpeza, deixando as paredes daquele edifício histórico novamente à vista.

O ato da limpeza foi mostrado esta quinta-feira pela Junta de Freguesia de Mozelos, através das redes sociais, saudando a iniciativa do proprietário após “pressão” para a limpeza.

Inaugurado em 16 de setembro de 1934, este espaço, batizado de Sanatório Presidente Carmona, foi construído com o propósito de oferecer assistência médica aos funcionários dos caminhos de ferro que sofriam de tuberculose.

Fazia parte de três hospitais deste género em Portugal, exclusivamente dedicados a ferroviários com tuberculose, estando os outros dois localizados em São Brás de Alportel e na Covilhã.

Próximo à Capela de Nossa Senhora da Pena, o sanatório contava com instalações modernas e completas, como sala de operações, um gabinete equipado com aparelho de raios-X, dormitórios para 40 pacientes, refeitório, salas de visita e recreio, casas de banho, lavabos, estufas de desinfecção, áreas exclusivas para médicos e enfermeiros, galerias para cura e passeio, padaria, pocilga, galinheiro e terras para cultivo, para além de outras comodidades.

Em 1919, quando foi decidida a sua construção, o Estado português escolheu Paredes de Coura devido à qualidade do ar, considerada essencial para a recuperação dos pacientes, e construiu o edifício financiado pelo Fundo de Assistência e dos Sanatórios dos Caminhos de Ferro do Estado, que pertencia ao Ministério das Finanças.

 
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