Benfica está nos ‘quartos’ da Liga dos Campeões

Pela sexta vez

Uma exibição de ‘gala’ na receção ao ‘acessível’ Club Brugge (5-1) permitiu hoje ao Benfica qualificar-se pela sexta vez para os quartos de final da Liga dos Campeões em futebol, a segunda consecutiva.

Depois da vitória por 2-0 na Bélgica, selada com um penálti de João Mário e um tento do suplente David Neres, os ‘encarnados’ voltaram a impor-se, confirmando a sexta presença na próxima fase da ‘Champions’, após as aparições em 1994/95, 2005/06, 2011/12, 2015/16 e 2021/22.

Os golos de Rafa Silva, aos 38 minutos, Gonçalo Ramos, aos 45+2 e 57, João Mário, aos 71, de penálti, e do brasileiro David Neres, aos 77, construíram a goleada em Lisboa, onde o conjunto belga fez o tento de honra já perto do apito final, por Meijer, aos 87.

No Estádio de Luz, o Benfica apresentou-se com o ‘onze’ que dá mais garantias ao técnico Roger Schmidt, que viu Chiquinho recuperar de lesão para ser aposta inicial, em detrimento do brasileiro David Neres, naquela que foi a única alteração face ao triunfo para a I Liga, com o Famalicão (3-1).

Do outro lado, o grande destaque foi a inclusão do ponta-de-lança ucraniano Roman Yaremchuk, que deixou precisamente os ‘encarnados’ para rumar ao emblema belga, no verão passado.

Embora os belgas precisassem de inverter o resultado da eliminatória, foi o Benfica que, sem surpresas, se impôs a jogar perante o seu público – 61.018 espetadores -, e só não entrou no encontro, praticamente, a ganhar, porque Gonçalo Ramos foi ‘apanhado’ em posição irregular na jogada que João Mário concluiu com grande categoria.

Logo de seguida, houve resposta, com uma bola cruzada do lado direito do ataque belga a levar perigo à baliza ‘encarnada’, porém Hans Vanaken cabeceou a bola ao lado da baliza de Vlachodimos.

O líder do campeonato português ia controlado os momentos do jogo, em busca de perceber por onde é que iria conseguir penetrar a débil defesa adversária, mais cedo ou mais tarde, com uma nova situação a surgir, desta vez, pelo ‘desajeitado’ Florentino: João Mário ‘galgou’ uns metros pela direita, colocou a bola na zona da marca do castigo máximo, mas o médio defensivo luso, com a baliza à mercê, atirou de pé esquerdo para fora, aos 15 minutos.

Com o Benfica a ‘carregar’ sobre os belgas, as chances foram-se sucedendo, mas a baliza de Mignolet mantinha-se inviolada, desta vez com o guardião dos visitantes a ter um papel crucial, ao defender um corte do colega em cima da linha de golo, após remate de João Mário.

Depois de tanto desperdício, a equipa portuguesa lá conseguiu, finalmente, adiantar-se no marcador e colocar um ponto final nas aspirações dos forasteiros, já que, a partir desse momento, o Club Brugge precisaria de três golos só para empatar a eliminatória.

João Mário, o jogador em maior evidência na primeira parte, deu início à jogada, ao soltar Gonçalo Ramos no flanco esquerdo, que trabalhou bem sobre o adversário, para servir Rafa na grande área.

O remate com a parte exterior do pé direito de Rafa Silva, aos 38 minutos, naquele que foi o 100.º golo dos lisboetas na época, abriu caminho para as ‘águias’ irem para o tempo de descanso com uma vantagem de 2-0, já que, instantes depois, João Mário passou a bola a Ramos, que ultrapassou três adversários num curto espaço dentro da área e aumentou a contagem.

No segundo tempo, confirmou-se a provável gestão do resultado e da eliminatória, mas sempre anulando as escassas tentativas do adversário, sem deixar de tentar tornar o resultado ainda mais esclarecedor.

Aos 57 minutos, com a defesa belga sem capacidade para anular as investidas e ainda mais desgastada, Grimaldo cruzou para Ramos, de pé esquerdo, disparar forte só com Mignolet pela frente.

Com o jogo a encaminhar-se para o final, Schmidt optou por tirar alguns dos habituais titulares, casos de Bah e Chiquinho, antes de João Mário, de grande penalidade, anotar o 20.º da temporada, por culpa de uma falta sobre Gilberto. Otamendi também foi outro dos jogadores substituídos, mas vai falhar a primeira mão dos ‘quartos’, devido a castigo.

Já sem João Mário em campo, as ‘águias’ não tiraram o pé do acelerador e o recém-entrado David Neres repetiu o que tinha conseguido em Bruges, voltar a marcar, aos 77 minutos, face a uma assistência de João Neves.

Com uma defesa nova na reta final, composta por Gilberto, Morato, Lucas Veríssimo e Grimaldo (o único que não foi poupado), o Club Brugge ainda teve tempo para marcar ao Benfica na eliminatória (agregado 7-1), por intermédio do neerlandês Bjorn Meijer (87), face a um belo remate de primeira.

 
Total
0
Partilhas
Artigos Relacionados
x