Questionado esta sexta-feira em Macedo de Cavaleiros sobre o pacote de medidas para a habitação apresentadas esta quinta-feira pelo Governo, o presidente da República não se comprometeu com uma opinião, mas reconheceu que as medidas não são do acordo de todos.
“O pacote de medidas é muito grande, só depois de abrir o melão é que será possível ver se será bom”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, que também expressou dúvidas se os objetivos serão atingidos rapidamente e se vão melhorar a situação das família.
“Falta saber quantas famílias abrange e quanto tempo demora a surtir efeitos”, acrescentou.
O presidente da República também disse que é normal que haja críticas depois de um anúncio de um pacote deste tamanho e com tal importância.
“Há quem pense que a solução passe por mais Estado, há quem pense que passa pelo mercado e criar novo regime de arrendamento. Vou esperar durante este mês de discussão pública. Umas medidas terão de ir ao parlamento, outras irão diretamente para a Presidência da República. Não me pronuncio sem saber o que as leis dizem. É muita coisa, tive dificuldade em tomar nota de tudo. O Governo mandou-me as ideias, não as leias. Uma a uma, vou examinar cada lei e direi se concordo ou discordo ou se há dúvidas de constitucionalidade”, explicou.
O Governo anunciou esta quinta-feira diversas medidas para combater a crise da habitação, e estima que o pacote vai custar cerca de 900 milhões de euros.