A startup Sioslife, com sede em Braga, recolheu um investimento de 2,3 milhões para desenvolver plataformas de combate à solidão das pessoas idosas para além das fronteiras de Portugal e Galiza, onde já se encontra implementada em mais de 500 instituições. Por entre os investidores está o empresário António Murta, o Fundo de Inovação Social e sociedades de capital de risco com sedes em Lisboa e em Braga.
Em comunicado enviado à imprensa, a “agetech” bracarense explica que este investimento servirá para continuar a tentativa de “transformar o paradigma do cuidado”, graças a uma aplicação informática que disponibiliza serviços de profissionais, via digital, para socialização e a saúde mental e física dos idosos, prestando esse serviço também em lares, autarquias e outras instituições.
No portal da Sioslife, a empresa é apresentada como unificadora entre população idosa e a tecnologia, “duas realidades distantes que podiam ser aproximadas”. “Ao notar esse problema que exponenciava a solidão sénior e a falta de atividade social, apercebemo-nos que os desafios do dia a dia podiam ser resolvidos através de soluções adaptáveis e inovadoras”, lê-se.
Na equipa contam com técnicos de informática e comunicação, profissionais geriátricos, de cuidadores e de famílias.
Na mesma nota enviada, Jorge Oliveira, CEO da Sioslife, salienta que “durante o período de confinamento, a Sioslife foi uma ferramenta essencial no dia-a-dia, fornecendo ferramentas de estimulação e inclusão social aos mais idosos, ferramentas de trabalho digital e remoto aos profissionais de saúde e cuidado, e conforto aos familiares e amigos dos utentes”.
“Só no primeiro mês de pandemia, registamos um aumento superior a 150% no número de familiares registados e a utilizar a nossa aplicação móvel”, nota o gestor, citado em comunicado, apontando “todos os investimentos” à “internacionalização”, com “a ativação de canais de distribuição e contas de maior dimensão”.
O capital servirá, ainda, para desenvolver novos produtos totalmente automatizados nas áreas do planeamento, registo e monitorização, pretendendo assim “integrar de forma ativa” o idoso, graças a sistema de videoassistência e telemonitorização.
A empresa quer ainda aumentar a atual equipa de 20 colaboradores para perto do dobro, ao longo dos próximos meses.