O selecionador Francisco Neto disse hoje que Portugal vai “procurar fazer aquilo que nunca foi feito”, no play-off intercontinental de acesso ao Mundial2023 feminino de futebol, de forma a ver as lusas afirmarem-se no “panorama internacional”.
Já a capitã de equipa, Dolores Silva, marcou igualmente presença na conversa com os jornalistas, para dar conta do sentimento do grupo, que deseja atingir aquele que é um dos maiores objetivos de vida.
“Partimos com muita felicidade e alegria de podermos estar a desfrutar deste momento maravilhoso com a seleção nacional. Vamos para um play-off pelo qual lutámos muito. Foi uma longa viagem e de certeza absoluta que cada uma de nós está muito motivada para representar Portugal ao mais alto nível e atingirmos um dos maiores objetivos das nossas vidas”, contou a média do SC Braga.
No dia em que a comitiva portuguesa parte para a Nova Zelândia, numa viagem longa e com um fuso horário de 13 horas de diferença, o técnico luso também falou à comunicação social.
“Um orgulho imenso por estarmos neste ponto. O objetivo era depender só de nós e, por mérito próprio, conseguimo-lo. Levamos 12 jogos de qualificação, falta-nos um e é com muito orgulho que vamos fazer esta jornada e procurar fazer aquilo que nunca foi feito”, começou por dizer Francisco Neto, em conferência de imprensa, na Cidade do Futebol, em Oeiras, que contou a presença do Presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes.
O técnico quer ver a sua equipa afirmar-se “no panorama internacional, mais uma vez”, sendo que ainda espera pelo vencedor do jogo Camarões-Tailândia, agendado para 18 de fevereiro, para discutir a presença na fase final de um Campeonato do Mundo pela primeira vez.
“[Queremos] Afirmarmo-nos, mais uma vez, no panorama internacional e conseguir o acesso a uma grande fase em que nós nunca estivemos. É representar muito o que é esta geração, criar impacto e referência para as próximas”, desejou.
Francisco Neto preferiu não dizer que oponente prefere, mas, ainda assim, falou um pouco dos adversários que estão na calha para o play-off, no qual Portugal deve estar preparado para os dois cenários.
“Vão trazer problemas, independentemente do adversário. Não adianta estar a dizer que serão os Camarões, que nos vão dar um lado mais físico, ou a Tailândia, com problemas de coletivo, de muita entreajuda, de muito mais proximidade. É estar preparado para os dois cenários, nunca perder a nossa identidade e procurar dominar o jogo com a nossa ideia”, perspetivou.
Por fim, deu o mote para aquele que será, provavelmente, o duelo mais importante da história da equipa lusa: “Muito cuidado, respeito e olhar para o jogo com muita seriedade, sem achar que somos melhor do que quem quer que seja”.
Portugal vai defrontar o vencedor do duelo Camarões-Tailândia em 22 de fevereiro, na cidade neozelandesa de Hamilton, às 19:30 locais (06:30 em Lisboa), tendo ainda previsto um jogo particular frente à Nova Zelândia, no dia 17, às 19:00 locais (06:00 em Lisboa).