‘Max’ condenado a 19 anos de cadeia pelo homicídio de Galiano em Braga

Cúmplice condenado a cinco anos e três meses

‘Max’, o homicida confesso de Carlos Galiano, jovem de 25 anos, morto a tiro no Fujacal, em outubro de 2021, em Braga, foi esta tarde condenado a 19 anos de prisão por homicídio qualificado na forma agravada.

Já o outro acusado, Diogo Azevedo foi condenado a cinco anos e três meses de cadeia por cumplicidade no crime de homicídio qualificado.

Ambos terão de pagar indemnizações de 90 mil euros ao pai do falecido e 80 mil euros à mãe, bem como 21 mil euros ao Hospital de Braga pelas despesas no internamento de Carlos Galiano, que ali viria a falecer.

Apesar de poderem recorrer da sentença, ambos continuarão em prisão preventiva devido ao perigo de fuga.

Segundo o tribunal, o autor dos disparos teve intenção de matar a vítima, para se vingar do facto de este ter testemunhado contra ele num processo de tráfico de estupefacientes, que resultaria na sua condenação em pena suspensa de prisão.

O tribunal deu como provado que, no dia dos factos, o arguido disparou a uma distância de dois metros apontando para o abdómen da vítima.

“Revelou um enorme desprezo pela vida humana”, disse a juiz presidente do coletivo, sublinhando que o arguido agiu “por motivo gratuito” e atuou de uma forma “brusca e repentina”.

A juiz disse ainda que o outro arguido “tinha consciência” de que estava a auxiliar o amigo na prática do crime, de que ele tinha uma arma e tinha o propósito de “tirar a vida” à vítima.

Como O MINHO noticiou, Luís Miguel Teixeira, conhecido como Max, de 24 anos, o autor dos disparos que, em 2021, atingiram mortalmente o antigo amigo, Carlos Galiano, confessou o crime no Tribunal de Braga, mas garantiu que “não o premeditou nem agiu por vingança”.

Já o segundo arguido Diogo Azevedo, de 24 anos, de Braga, que a acusação considera como cúmplice,  negou ter incitado Max a matar.

A acusação diz que os dois foram, às 02:00, de 5 de outubro, à procura de Galiano num café do bairro do Fujacal, onde Max lhe deu dois tiros.

Instigado

Max diz que pegou na pistola para ir enfrentar Galiano, no que foi instigado por Diogo, que tinha acabado de brigar com a vítima, mas que nunca pensou ou premeditou matá-lo.

Na contestação enviada ao processo, Max atribui a culpa a Diogo, a quem chama de “autor moral” do crime. Diz que chorou ao pensar que o Galiano podia falecer e que até rezou para que tal não acontecesse.

Diogo nega

Já Diogo diz que não o instigou a matá-lo, após ter jantado num restaurante do Fujacal, onde estava Galiano. Refere que, à saída, os dois discutiram, tendo-lhe Galiano dado uma cabeçada e não um soco, como diz a acusação.

Conforme então também noticiámos, Diogo foi apanhado em junho pela polícia francesa e extraditado para Portugal, onde também está em prisão preventiva.

Na sua contestação, nega ter ameaçado a vítima, e diz que depois contou o sucedido ao Max, tendo sido este a pegar na pistola por ter decidido matá-lo devido a querelas anteriores, o que aconteceu num snack-bar para onde Galiano tinha ido. Baleou-o com dois tiros e ele morreu três dias depois.

A acusação diz que Galiano e Diogo estiveram a jantar juntos num restaurante da zona, ocasião em que este lhe disse que era um “bufo”.

A discussão prosseguiu no exterior, ocasião em que Galiano deu um soco em Diogo, tendo este dito que ia a casa buscar uma pistola. A seguir, contou o sucedido ao Max, e ambos combinaram ir procurá-lo para o matarem.

 
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