A ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares considerou hoje que o Governo identificou erros e corrigiu-os logo, assumindo a responsabilidade política, e acusou o PSD de estar em luta pela liderança da oposição à direita.
Estas posições foram transmitidas por Ana Catarina Mendes na abertura do debate de urgência requerido pelo PSD sobre “situação política e a crise no Governo”.
Numa alusão indireta ao polémico pagamento de uma indemnização pela TAP de meio milhão de euros à secretária de Estado cessante Alexandra Reis, quando esta foi administradora da transportadora aera nacional, a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares declarou: “É bom que em política não se ignorem os problemas e, sobretudo, é bom assumir a humildade de reconhecer quando se falha”.
“Principalmente, é bom corrigir e atacar com assertividade os problemas. Foi isso que fizemos: Identificámos o erro, corrigimos, reconhecemos a responsabilidade, que assumimos, e encontrámos a solução – e aqui estamos para responder ao parlamento”, acentuou Ana Catarina Mendes.
Nesta questão, referiu que os ministros com a tutela da TAP, Finanças e Infraestruturas, pediram a avaliação pela Inspeção Geral de Finanças (IGF) e CMVM, “e assumiu-se com as consequências que todo o pais conhece”.
Após esta referência às recentes demissões ocorridas no Governo, a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares deixou outro recado, dizendo que a forma como agiu o executivo demonstra “que não se desliga da realidade e que enfrenta e resolve os problemas”.
Depois, passou ao contra-ataque em relação ao PSD e, falando das obrigações de um Governo, deixou uma farpa ao líder do PSD, Luís Montenegro.
No atual contexto, espera-se que “o Governo não tire férias, não se desvie do seu foco e continue a resolver os problemas dos portugueses”.
“Este debate de urgência pedido pelo PSD não é um verdadeiro debate de urgência sobre os problemas dos portugueses. Antes, é um debate de urgência para saber quem ganha na liderança da oposição à direita neste parlamento”, disse.
Ana Catarina Mendes defendeu que as questões relativas aos resultados da governação “são a dificuldade” dos partidos à direita do PS.
“Percebo a frustração do PSD de não querer discutir resultados do PIB (Produto Interno Bruto) em 2022, assim como os resultados do défice em 2022 e o desemprego historicamente baixo em Portugal. Não quer discutir os apoios extraordinários dirigidos às famílias param fazerem face à inflação”, completou.
Ora, de acordo com a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, “o que interessa aos portugueses é a estabilidade de políticas, a estabilidade de uma liderança forte e, sobretudo, a coesão do Governo para continuar a responder aos reais problemas das pessoas”.
“A urgência do momento, mesmo que se queiram distrair com a espuma dos dias, é um Governo responsável responder às verdadeiras necessidades dos portugueses”, acrescentou.