O resgate dos corpos das duas vítimas mortais provocadas por um deslizamento de terra que aconteceu hoje de madrugada em Palmeira de Faro, em Esposende, “será uma operação demorada”, adiantou no local o responsável pelas operações.
“Está a ser feita uma avaliação por parte dos engenheiros da Câmara e só depois disso será feita a estabilização da habitação para podermos fazer as manobras de retirada das vítimas. Será, certamente, uma operação demorada”, disse Rui Costa, 2.º Comandante da Proteção Civil de Braga.
O responsável informou que as duas vítimas mortais são um jovem casal, de 22 anos, que se encontrava “no primeiro andar da habitação” quando esta foi atingida por um deslizamento de terras, nomeadamente por pedras de grandes dimensões.
“Trata-se de uma habitação unifamiliar com três pisos, estavam no seu interior seis pessoas. Um casal com cerca de 50 anos e duas crianças, de 2 e 12 anos, foram todos retirados ilesos. No interior permanecem as duas vítimas mortais, uma masculina e outra feminina, ambas com 22 anos”, disse Rui Costa.
O 2.º Comandante da Proteção Civil de Braga disse que os técnicos ainda estão avaliar as causas do acidente, mas confirmou que os primeiros indícios apontam para que tenha sido causado pela chuva que se fez sentir nesta região do Minho.
“[O deslizamento] foi, possivelmente, causado pela chuva, mas tal carece de confirmação dos técnicos no local, que vão ter apoio de mais dois engenheiros da Universidade de Minho. Serão as autoridades a avaliar as causas”, disse o responsável.
Rui Costa informou ainda que as “casas contíguas não correm perigo, mas que, por precaução, foram alertados os moradores que deveriam sair do local” enquanto as operações decorrerem.
No local estão 27 operacionais e 12 veículos, dos bombeiros de Esposende e Viatodos e do INEM, além do Serviço de Proteção Civil de Esposende, GNR, Polícia Judiciária e psicólogos da autarquia de Esposende.
O alerta para o deslizamento de terra foi dado às 3:55.