Guimarães é uma das 123 cidades mundiais líderes na ação climática

Ambiente
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Guimarães foi reconhecida pela CDP, uma organização mundial sem fins lucrativos que administra o sistema mundial de divulgação ambiental para empresas, estados e regiões, como uma das 123 cidades em todo o mundo que estão a assumir uma liderança ousada em ações ambientais e transparência, apesar das pressões de uma situação económica mundial desafiadora.

Em comunicado, a autarquia vimaranense salienta que apenas 12% das cidades classificadas em 2022 conseguiram classificação máxima (A), pelo esforço que estão a fazer na redução das emissões e pela sua capacidade de criar resiliência aos impactos das alterações climáticas em todo o território. Desde 2018, é a quarta vez que Guimarães obteve a classificação de liderança neste relatório.

Pela primeira vez, mais de 1.000 cidades receberam, pela CDP, uma classificação pela sua ação climática. Em 2022, foram mais 965 cidades do que as classificadas em 2021, e pouco mais de uma em cada dez cidades classificadas pelo CDP (12% dessas cidades) receberam classificação A.

Para obter a classificação A, entre outras ações, uma cidade deve divulgar publicamente por meio do CDP-ICLEI Track e ter um inventário das emissões em toda a cidade. Deve ter estabelecido uma meta de energia renovável para o futuro e ter publicado um plano de ação climática. Também deve concluir uma avaliação de risco e vulnerabilidade climática e ter um plano de adaptação ao clima para demonstrar como enfrentará os riscos climáticos. Muitas cidades da Lista A também estão a realizar uma variedade de outras ações de liderança, incluindo o compromisso político dos seus presidentes para combater as mudanças climáticas.

As cidades da Lista A, como Guimarães, estão a manifestar a sua liderança climática por via de ações concertadas e efetivas, tal como foi solicitado aos governos nacionais na COP27. Estão a tomar o dobro de medidas de mitigação e adaptação levadas a cabo pelas cidades que não fazem parte da Lista A.

Guimarães e as 122 outras cidades que integram a lista A deste ano também são distinguidas por mostrar que ações climáticas urgentes e impactantes – desde metas ambiciosas de redução de emissões até a construção de resiliência contra as mudanças climáticas – são alcançáveis globalmente e em cidades com diferentes realidades e prioridades climáticas.

O presidente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança, sublinha que “Guimarães tem sido reconhecida pela sua ambição, liderança e transparência na ação climática. Este reconhecimento, neste momento, é de vital importância pois demonstra que estamos alinhados e comprometidos com o Acordo de Paris, com o Green City Accord, com o Pacto de Autarcas e com a Missão das 100 cidades da UE para a Neutralidade Climática”.

Domingos Bragança sublinha que “este é o resultado de um trabalho contínuo e em desenvolvimento, tendo por base o Ecossistema de Governança Guimarães 2030, que incorpora a ação municipal, a academia, o setor empresarial, as associações, as escolas e os cidadãos, e de um elevado compromisso político, que Guimarães está a efetuar ao longo dos últimos anos. Exemplo disso são algumas ações como a descarbonização do transporte público, as ecovias dos rios Ave, Selho e Vizela, a promoção da eficiência energética nos edifícios públicos e de habitação social, a prevenção de riscos naturais (bacias de retenção), a estratégia para a economia circular (rrrciclo), o plano de ação para a circularidade da água (Capt2), os projetos de promoção da natureza e biodiversidade, o alargamento dos espaços verdes e o reforço da educação ambiental e mobilização dos cidadãos (Programa Pegadas e Brigadas Verdes)”.

Todos estes projetos – salienta a autarquia – serão uma base importante da candidatura a Capital Verde Europeia, que será submetida no próximo ano.

 
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