Jens Stoltenberg, líder da NATO recorreu à rede social Twitter para reagir ao suposto ataque desta noite a um edifício numa vila da Polónia, atingido por mísseis russos, prestando condolências pela morte de duas pessoas.
O porta-voz da aliança atlântica disse já ter falado com o Presidente polaco, que a NATO está a “monitorizar” o episódio e que os aliados estão a ser consultados.
“A NATO está a monitorizar a situação e os Aliados estão a ser consultados. É importante que se apurem os factos”, escreveu Stoltenberg.
Spoke with President Duda @prezydentpl about the explosion in #Poland. I offered my condolences for the loss of life. #NATO is monitoring the situation and Allies are closely consulting. Important that all facts are established.
— Jens Stoltenberg (@jensstoltenberg) November 15, 2022
Um alto funcionário dos serviços de informações dos Estados Unidos disse hoje que mísseis russos caíram na Polónia, país membro da NATO, incidente que causou a morte a duas pessoas.
O primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, convocou com urgência a Comissão de Segurança Nacional da Polónia após estes relatos.
Já o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, defendeu que a queda de mísseis russos na Polónia é um “ataque à segurança coletiva” e uma “escalada muito significativa” no conflito.
Charles Michael, presidente do Conselho Europeu, utilizou a mesma rede social para se mostrar “chocado” com a situação.
“Chocado com as notícias de um míssil ou outra arma terem morto pessoas em território polaco. As minhas condolências à família. Estamos com a Polónia. Estou em contacto com as autoridades polacas, membros do Conselho Europeu e outros aliados”, escreveu esta terça-feira o porta-voz da União Europeia.
Shocked by the news of a missile or other ammunition having killed people on Polish territory.
My condolences to the families.We stand with Poland.
I am in contact with Polish authorities, members of the European Council and other allies.@AndrzejDuda @MorawieckiM
— Charles Michel (@CharlesMichel) November 15, 2022
Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, confessou-se alarmada com os relatos, não só da explosão na Polónia como de ataques a cidades ucranianas perto da fronteira.
Alarmed by reports of an explosion in Poland, following a massive Russian missile strike on Ukrainian cities.
I extend my condolences and my strongest message of support and solidarity with Poland and our Ukrainian friends.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) November 15, 2022
O primeiro-ministro, António Costa, disse hoje que é preciso averiguar e esclarecer a queda de mísseis na Polónia, e que se deve evitar novos incidentes e construir a paz
“Como o meu colega polaco já disse é preciso aguardar pela confirmação da origem dos mísseis. Mas há algo sobre o qual não é preciso esperar, é que qualquer arma de guerra é letal, qualquer arma de guerra deve ser evitada e qualquer arma de guerra não deve ser utilizada”, afirmou António Costa à margem da inauguração da exposição “Quem conta um ponto…” de Paula Rego, na Fundação de Serralves, no Porto.
O governante considerou ainda que está na hora de se construir a paz.
“A Rússia não pode ganhar a guerra, mas ganhar a guerra significa construir a paz e é isso que é necessário e, portanto, evitar novos incidentes”, frisou.
Reafirmando que é necessário apurar e esclarecer o que é que ocorreu, Costa vincou que seja qual for origem do míssil, caia onde caia é sempre um motivo de maior preocupação.
E acrescentou: “o facto de ser um país que estava em paz é uma preocupação acrescida, mas a preocupação não é menor quando os mísseis caem na Ucrânia porque os mísseis que caem na Ucrânia não matam menos pessoas, não ferem menos pessoas, não destroem menos bens”.
Motivo pelo qual o primeiro-ministro referiu que é preciso um esforço para que “tão rapidamente quanto possível” a guerra termine e a paz seja restabelecida.