Líder do PSD diz que governo “não deve esconder” orientações económicas

Política

O líder do PSD disse hoje que o executivo “não deve esconder” as principais orientações da sua política, dando a conhecer o cenário macroeconómico previsto, mas recusou intrometer-se nas “relações institucionais entre o Presidente da República e o governo”

“Concordo que o governo deve oferecer ao país as principais orientações da sua política, e não esconder essas orientações à espera do vento que sopra no dia ou na véspera em que propostas essenciais como o Orçamento de Estado vão ser apresentadas… Mas não me vou intrometer nas relações institucionais entre dois órgãos de soberania – o Presidente da República [PR] e o governo”, afirmou Luís Montenegro.

O presidente do PSD falava aos jornalistas, antes de uma visita ao Nonagon — Parque da Ciência e Tecnologia de São Miguel, nos Açores, no âmbito do primeiro encontro interparlamentar do partido nos Açores, depois de questionado sobre as declarações do PR, de que era importante” que os portugueses soubessem qual é o cenário macroeconómico previsto pelo Governo.

Montenegro notou que, “enquanto partido politico com representação parlamentar”, o PSD vai cumprir o seu trabalho, “de escrutinar e fiscalizar a proposta que for apresentada”.

Por outro lado, disse, o PSD não deixará “de dar as orientações principais que gostaríamos de ver consagradas nesse documento essencial à governação”.

O Presidente da República afirmou na quarta-feira que “era importante” que os portugueses soubessem qual é o cenário macroeconómico previsto pelo Governo e que assim se perceberia que “espaço de manobra” existe no Orçamento do Estado para 2023.

“Como o Orçamento do Estado está, certamente, praticamente pronto, é costume apresentá-lo aos partidos, mas acho que era importante dizer aos portugueses: ‘os cenários que há para os tempos que vêm aí são estes’”, sustentou Marcelo Rebelo de Sousa, à margem de uma aula que deu no Escola Secundária Pedro Nunes, em Lisboa, o antigo liceu que frequentou.

E acrescentou: “Aí dá para perceber o espaço de manobra que há para o Orçamento do Estado que aí vem.”

O chefe de Estado reforçou que o “mais importante neste momento” é os portugueses “perceberem qual é a visão que têm os governantes”, em concreto Fernando Medina que tem a tutela das Finanças, sobre o “futuro próximo”, apesar de reconhecer “toda a dificuldade que isso implica”.

 
Total
0
Partilhas
Artigos Relacionados
x