Os países do G7 comprometeram-se esta sexta-feira a mobilizar 19.800 milhões de dólares (18.700 milhões de euros) para apoiar as finanças da Ucrânia, de acordo com uma declaração conjunta depois de uma reunião dos ministros das Finanças na Alemanha.
“Em 2022, estamos a mobilizar 19.800 milhões de dólares em apoio orçamental, incluindo 9500 milhões de dólares em compromissos recentes (…) para ajudar a Ucrânia a colmatar o seu défice financeiro e continuar a prestar serviços básicos ao povo ucraniano”, afirma a declaração conjunta.
A ajuda foi anunciada esta sexta-feira pelo ministro das Finanças alemão, Christian Lindner, e é uma das iniciativas tomadas para responder à agressão da Rússia contra a Ucrânia na reunião com os homólogos do G7 na cidade alemã de Königswinter.
O G7 apoia o trabalho em curso com instituições financeiras para fornecer mais financiamento à Ucrânia, incluindo a proposta da Comissão Europeia (CE) de até 9 mil milhões de euros de assistência adicional.
Além disso, o Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento (BERD) e a Corporação Financeira Internacional devem ajudar as empresas estatais ucranianas e o setor privado com 3.400 milhões de dólares.
O montante de 19,8 mil milhões de dólares é adicional ao apoio militar e humanitário comunicado anteriormente.
Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos formam o G7, o grupo dos países mais industrializados do mundo que representa mais de metade da riqueza mundial.
O G7 reúne-se informalmente todos os anos para coordenar as suas políticas a convite do país que exerce a presidência rotativa, que este ano é a Alemanha.
A cimeira do G7, que reúne chefes de Governo, é sempre precedida por uma reunião de ministros das Finanças e dos governadores dos bancos centrais, que se reuniram na quinta-feira e hoje no Hotel Petersberg em Königswinter, Alemanha.
O G7 também convidou o Primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, a participar nas discussões dos ministros das Finanças e dos governadores dos bancos centrais por videoconferência.
Os países do G7 acordaram “ações concretas para aprofundar a cooperação económica multilateral” e sublinharam o seu compromisso numa resposta unida à guerra da Rússia contra a Ucrânia.