A Polícia Judiciária (PJ) de Braga mantém todas as hipóteses em aberto – homicídio, acidente ou suicídio – no caso do cadáver encontrado a meio da tarde desta quinta-feira, num poço, no centro de Vila Verde, tudo indicando tratar-se pertencer a um homem e de meia idade.
O cadáver encontrava-se debaixo de água já há algum tempo (período que só a autópsia, em Braga, poderá determinar, mas mesmo assim com alguma margem de erro) num motor de rega da antiga Quinta da Botequina, por trás da Central de Camionagem de Vila Verde.
As operações de remoção do cadáver foram mais complexas devido à profundidade desse poço (pelo menos cerca de sete metros) e a ter também muita água, apesar de durante este ano não ter chovido muito. A intervenção da Equipa de Mergulho e Resgate em Grande Ângulo dos Bombeiros Voluntários de Amares, conjugadamente com camaradas dos Bombeiros Voluntários de Vila Verde, permitiu resgatá-lo ainda em plena luz do dia e sempre com a colaboração de dois militares de Posto Territorial da GNR de Vila Verde.
Vídeo: O MINHO
A rapidez de ambas as corporações de bombeiros tornou possível a observação e as fotografias realizadas por inspetores da Brigada de Homicídios e peritos da Equipa de Cena de Crime ao hábito externo do cadáver já muito deteriorado, mas tudo indicando tratar-se de homem e de meia idade, aguardando-se agora a autópsia no Gabinete Médico Legal e Forense do Cávado, em Braga, uma perícia que será acompanhada pelos profissionais da PJ de Braga.
Domingos Silva, comerciante de Vila Verde e antigo trabalhador da Quinta da Botequina, foi dos primeiros a chegar ao local da ocorrência, tendo afirmado então a O MINHO “não haver conhecimento de nenhuma pessoa aqui da vila desaparecida já nos últimos tempos, podendo a vítima ser alguém de fora, nós não estamos a ver quem seria”.
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Ainda segundo revelou Domingos Silva, “aquele poço tem sempre muita água, porque se destinava a rega, por isso não é muito fácil os bombeiros retirarem o cadáver de lá dentro”, referindo-se ao facto de enquanto uns operacionais lançarem duas escadas interligadas e cordas pela abertura do poço, outros terem entrado mesmo na água, retirando assim esse cadáver, a partir de uma porta abaixo da tampa (que por sua vez acede a uma espécie de “casa das máquinas” do poço) e daí transportado diretamente, longe do olhar de todos os curiosos, para a tenda de perícias que foi logo aí montada pela Polícia Judiciária de Braga.
A descoberta do cadáver surgiu durante os trabalhos de requalificação da Casa Grande da Quinta da Botequina, que será utilizada futuramente pelo Rancho Típico Infantil de Vila Verde, naquela envolvente que é das zonas mais movimentadas do centro de Vila Verde.