O grupo DST renovou o apoio financeiro à Companhia de Teatro de Braga (CTB), garantindo 125 mil euros para os próximos cinco anos, e vai criar dez bolsas artísticas para profissionais ucranianos, incluindo alojamento, foi hoje divulgado.
“No Dia Mundial do Teatro, o dstgroup anuncia dois importantes apoios para o setor: a assinatura da renovação do protocolo de apoio à Companhia de Teatro de Braga, que representa o financiamento de €125K [125 mil euros] para os próximos cinco anos, e a criação de dez bolsas artísticas, de €1.000 com alojamento, para profissionais ucranianos refugiados deste setor”, pode ler-se num comunicado da empresa enviado à Lusa.
A renovação do apoio com a CTB “acontece no âmbito do apoio da DGArtes [Direção-geral das Artes] e para os próximos cinco anos, 2022-2026”, sendo que o grupo DST “é mecenas da CTB há mais de 40 anos com um longo histórico de intervenção e apoios”.
Quanto ao projeto das bolsas para artistas ucranianos, “será executado pela Companhia de Teatro de Braga, que acolherá estes profissionais e desenvolverá uma programação intensiva ao longo do ano, que apresentará ao país ainda em 2022”.
“Das dez bolsas artísticas, cinco já foram atribuídas a atores que chegarão a Braga até final do mês de março. As restantes atribuições serão feitas nos próximos meses, com a chegada de mais artistas ao país”, segundo o comunicado.
De acordo com o grupo DST, “o grande objetivo destas ações é continuar a apoiar a arte e a cultura, de forma consistente e sustentável, garantindo que os atores do setor, ao beneficiarem deste apoio, estão livres para criarem e devolverem ao público um mundo de possibilidades, e de momentos únicos de crescimento intelectual e cultural”.
Segundo o diretor artístico da CTB, Rui Madeira, o apoio “é incontornável e único no país, para não só garantir a sobrevivência da Companhia, mas também aprofundar o seu trabalho artístico”.
“Também a criação das bolsas artísticas possibilita à CTB dar continuidade à sua vocação internacional e ao trabalho que já tem sido desenvolvido, há cerca de 10 anos, com criadores e teatros da Ucrânia”, acrescentou.
O presidente do grupo DST, José Teixeira, indicou que “ao apoiar estes atores e atrizes” se pretende dar “um palco e um megafone para que todos ouçam com clareza a realidade insana e ultrajante que se passa na Ucrânia invadida”.
“Pretendemos dar-lhes ferramentas para que façam política e intervenham na defesa do seu país com a arma do corpo e do texto”, referiu, considerando que é em tempos como os atuais que se deve “manter o discernimento no sentido de não perdermos de vez e de forma irreparável a lucidez”.
“As necessidades de solidariedade, num país invadido são imensas e achamos importante contribuir”, disse o empresário.