O procurador-geral adjunto João José Pinto Bronze jubilou-se da carreira de magistrado do Ministério Público, após trabalho ímpar na liderança do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do MP de Braga, marcada pelo ataque sem precedentes a situações de corrupção envolvendo políticos, anos depois de conduzir o caso de Fátima Felgueiras.
João José Couto Pinto Bronze, de 66 anos, natural de Cantanhede, distrito de Coimbra, já tinha ascendido ao Tribunal da Relação de Guimarães, na sequência da sua promoção até à mais alta categoria hierárquica de magistrado do Ministério Público, tendo-se destacado numa carreira brilhante, em que nas duas últimas décadas cedo percebeu que os crimes sobre corrupção em geral, e aqueles cometidos por titulares de cargos políticos e dirigentes com funções públicas em especial, eram extremamente nefastos para funcionamento do sistema democrático, da economia, para sã concorrência comercial e para a justiça social.
Em articulação com a Polícia Judiciária de Braga, Pinto Bronze, coordenado pelos seus magistrados mais diretamente colaboradores, desencadeou processos que entre outros em pouco tempo visaram, depois comprovadas por sentenças posteriores, casos de corrupção envolvendo políticos, da região e até deputados, dos mais variados espectros partidários.