Manuel Monteiro dá contributo a partir de Braga: “O único voto útil é no CDS”

Eleições legislativas

“A partir do distrito de Braga, podemos dar a Portugal e aos portugueses um sinal de resistência, de firmeza, de coragem e de sentido patriótico que sempre uniu o CDS-PP.”

Foi com este propósito que Manuel Monteiro enquadrou o seu regresso ativo às campanhas do CDS-PP. Perante um auditório do Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa repleto de apoiantes, na noite de sexta-feira, Monteiro veio para dar o seu apoio público à candidatura centrista às próximas eleições legislativas pelo círculo de Braga.

A lista de candidatos do CDS-PP é liderada pelo advogado Areia de Carvalho, do concelho de Esposende, um ex-deputado que afirma representar “a direita que dá voz ao Minho”.

“Acreditem: o que está em causa é saber se no dia 30 conseguimos ter o número de deputados suficientes na Assembleia da República que impeça o país de continuar numa rota descendente. Essa é a grande questão”, frisou o antigo líder do CDS.

Manuel Monteiro está otimista quanto ao resultado eleitoral no próximo dia 30, mas lembra que é preciso “consciencializar” sobre a utilidade de votar nos democratas-cristãos. “Um voto no CDS é um voto útil porque é o único voto que permite que haja na Assembleia da República quem saiba dizer: ‘Não vamos por aí!’. Se soubermos consciencializar cada eleitor da necessidade desse voto útil, estou francamente convicto que o CDS-PP tem todas as condições para ter, na noite eleitoral, um resultado que surpreenda o País.”

“Por incrível que possa parecer, o centro da decisão é o CDS. Porque um CDS forte impedirá que o dr. Rui Rio corra para os braços de António Costa, que foi sempre o que ele quis – ser vice-primeiro-ministro de António Costa. O fiel da balança e único partido capaz de impedir essa circunstância é o CDS”, frisou o antigo líder centrista.

Regressado à condição de militante do CDS-PP na liderança de Francisco Rodrigues dos Santos, em maio de 2020, depois de ter sido presidente do partido entre 1992 e 1998, Manuel Monteiro foi ouvido atentamente num discurso que durou 27 minutos e que serviu para explicar a necessidade de votar no CDS-PP nas eleições de 30 de janeiro.

A sua intervenção foi pontuada por uma reflexão histórica sobre o papel do CDS na política portuguesa. “Nós devemos pensar em tudo que de errado foi feito no país, não obstante os avisos do CDS-PP”, declarou Monteiro, ao referir-se às reservas que o partido expressou em relação ao processo de integração europeia e de adesão à moeda única.

E sentenciou: “O problema de Portugal está em opções estruturadas erradas que há décadas têm sido seguidas no país. É por isso que o CDS faz falta. Porque o CDS é um partido que não tem medo de dizer: ‘Não vamos por aí’.”

Ao justificar a necessidade do “voto útil” no CDS-PP, Monteiro deixou críticas a António Costa, ao “PSD de Rui Rio” e a André Ventura, neste caso sem citar o nome do líder do Chega: “Pessoas que durante 20 anos foram sociais-democratas convictas e que agora, de um momento para o outro, descobriram a direita conservadora, eu, que sempre estive na direita conservadora, acho um pouco curioso. O que mais interessa a esse tipo de pessoas é ir para o Governo. Não estão preocupados minimamente com o país.”

“Nós devemos pensar em tudo que de errado foi feito no país, não obstante os avisos do CDS-PP”, declarou Monteiro, ao referir-se às reservas que o partido expressou em relação ao processo de integração europeia e de adesão à moeda única, destacando: “O problema de Portugal está em opções estruturadas erradas que há décadas têm sido seguidas no país. É por isso que o CDS faz falta. Porque o CDS é um partido que não tem medo de dizer: ‘Não vamos por aí’”.

Foto: DR

“A voz do Minho no Parlamento”

Manuel Monteiro, que é o mandatário político da candidatura, partilhou rasgados elogios ao cabeça-de-lista do CDS-PP pelo distrito de Braga: “Conheço o dr. José Paulo Areia de Carvalho. Conheço a sua integridade. Sei do seu amor patriótico. Tenho muito gosto e muita honra em dar um modesto contributo e uma modesta palavra, mas forte, de apoio e de incentivo à candidatura do CDS-PP às próximas eleições legislativas de 30 de janeiro, a partir do distrito de Braga.”

Desde as eleições legislativas de 2005 que o cabeça-de-lista do CDS por Braga não era originário do distrito. Um facto que levou Areia de Carvalho a reforçar o compromisso de ser “a voz do Minho no Parlamento”.
“Queremos ser a voz que agrega, que une e que coloca os interesses do distrito de Braga à frente dos interesses particulares de qualquer partido”, adiantou Areia de Carvalho, confiante no seu regresso à Assembleia da República.

E garantiu: “Vamos desempenhar um mandato de proximidade com os autarcas, com os empresários, com as associações, com as instituições de ensino superior e as mais diversas organizações da nossa sociedade. Queremos ser a voz do Minho no Parlamento, a voz que puxa pelos galões do nosso distrito”.

As eleições legislativas estão marcadas para 30 de janeiro.

 
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