O treinador de futebol Lito Vidigal tornou-se o 10.º treinador a deixar um clube na presente edição da I Liga portuguesa, deixando o Moreirense ao cabo de quatro derrotas e um só triunfo averbados.
A derrota por 2-1 na visita de terça-feira ao Tondela, na 16.ª jornada da Liga portuguesa de futebol, foi a quarta em escassos cinco encontros, incluindo na visita ao secundário Mafra (3-1), a qual significou a eliminação nos oitavos de final da Taça de Portugal.
Para o lugar de Lito Vidigal entrou Ricardo Sá Pinto, que vai tentar tirar o Moreirense da 16.ª e antepenúltima posição da tabela, com 12 pontos, menos um do que o Santa Clara e mais um do que o Famalicão.
No final de dezembro, Jorge Jesus tinha abandonado o comando técnico do Benfica após temporada e meia, naquela que foi a sua segunda passagem pelo clube. Em 15 jogos na atual edição da I Liga, o técnico de 67 anos alcançou 12 vitórias, um empate e duas derrotas, ambas caseiras perante Portimonense (1-0) e Sporting (3-1).
Antes, em 19 de dezembro, Ivo Vieira foi afastado do comando do Famalicão, também após 15 jornadas, com o clube na 16.ª e antepenúltima posição e sem vencer há quatro encontros,
Esta época, o Famalicão tem apenas duas vitórias no campeonato, às quais juntou duas na Taça de Portugal e três na Taça da Liga.
Na jornada anterior, Nuno Campos tinha deixado o Santa Clara, apenas após nove jogos no comando da equipa açoriana, depois de ter iniciado a ‘dança de treinadores’ na edição 2021/22 do campeonato, à oitava ronda, na sequência da saída Daniel Ramos, que solicitou a libertação do Santa Clara, que era 15.º colocado, com seis pontos, para assumir o comando dos sauditas do Al Faisaly.
O técnico foi substituído interinamente pelo até aqui treinador adjunto Tiago Sousa, que se estreou com um triunfo frente ao Vitória de Guimarães.
A saída de Nuno Campos, de 46 anos, ocorreu pouco tempo depois de Jorge Simão ter deixado o comando do Paços de Ferreira, no sábado, face aos maus resultados.
O técnico, de 45 anos, abandona o leme do emblema pacense depois do desaire caseiro perante o Gil Vicente (1-0), o quarto consecutivo, interrompido na estreia de César Peixoto, com um triunfo em casa do Tondela (1-0).
Ao serviço dos Paços de Ferreira, Jorge Simão obteve apenas seis triunfos em 23 encontros oficiais para todas as competições, entre I Liga (duas), taças de Portugal e da Liga (uma em cada competição) e Liga Conferência Europa (as restantes três), com destaque para o triunfo diante do Tottenham, de Inglaterra, por 1-0.
Jorge Simão sucede a João Henriques, que em 01 de dezembro acertou a rescisão de contrato com o Moreirense, também devido aos maus resultados.
Na altura, João Henriques, de 49 anos, tinha deixado os minhotos na 16.ª posição, de acesso ao ‘play-off’ de permanência, com nove pontos, apenas um acima da zona de descida direta, após uma vitória – 2-1 na receção ao Arouca, à sétima jornada) -, seis empates e cinco derrotas.
Dias antes, o Boavista promoveu o regresso de Petit à sua casa de partida enquanto jogador e treinador, na sequência da rescisão com João Pedro Sousa, que, então, assumiu ter recebido uma “proposta irrecusável de um clube estrangeiro”.
Com dois triunfos, cinco empates e cinco derrotas no campeonato, o técnico, de 50 anos, deixou o Boavista em 11.º na I Liga, com 11 pontos, dois acima do lugar de ‘play-off’ e três sobre a zona de despromoção direta, estando há nove rondas consecutivas sem vencer.
A saída de João Pedro Sousa foi idêntica à de Daniel Ramos, que, à oitava jornada, solicitou a sua libertação do Santa Clara, que era 15.º colocado, com seis pontos, para assumir o comando dos sauditas do Al Faisaly, sendo substituído por Nuno Campos.
Em 2021/21, a ‘dança’ dos treinadores começou invulgarmente apenas nessa ronda, algo que não acontecia há quase 20 anos, englobando ainda a saída de Petit do Belenenses SAD, que treinava desde janeiro de 2020, no 17.º e penúltimo posto, com quatro pontos.
O atual técnico do Boavista foi rendido por Filipe Cândido, recrutado à União de Leiria, da Liga 3, que se estreou na I Liga.
À 11.ª jornada, foi a vez do espanhol Júlio Velázquez, entretanto substituído por Vasco Seabra, não resistir a tantos desafios sem vencer pelo Marítimo, deixando-o em 17.º e penúltimo, com sete pontos, depois de seis derrotas, quatro empates e uma vitória.
– Mudanças de treinador na edição 2021/22 da I Liga portuguesa de futebol:
Jornada Clube Sai Entra
8.ª Santa Clara Daniel Ramos Nuno Campos
8.ª Belenenses SAD Petit Filipe Cândido
11.ª Marítimo Julio Velázquez Vasco Seabra
12.ª Boavista João Pedro Sousa Petit
12.ª Moreirense João Henriques Lito Vidigal
14.ª Paços de Ferreira Jorge Simão César Peixoto
14.ª Santa Clara Nuno Campos Tiago Sousa (a)
15.ª Famalicão Ivo Vieira Rui Pedro Silva
15.ª Benfica Jorge Jesus Nélson Veríssimo
16.ª Moreirense Lito Vidigal Ricardo Sá Pinto
(a) Treinador interino