O secretário-geral do PS, António Costa, assumiu este fim de semana que o eixo Famalicão-Maia através da Estrada Nacional 14 é essencial para a economia da região e do país, admitindo no entanto que o trânsito é “uma dor de cabeça” constante.
O também primeiro-ministro abordou o tema durante os comícios realizados no sábado e este domingo, primeiro em Famalicão, onde foi apoiar o candidato Eduardo Oliveira, e hoje na Maia.
“Nós temos de ajudar a desenvolver todo este território, desde a Maia até Vila Nova de Famalicão, de ajudar a estruturar este território como um dos grandes territórios, um dos territórios mais dinâmicos para ajudar a desenvolver o país”, apontou, citado pela agência Lusa.
António Costa alegou que, em 2015, quando o Governo a que presidiu tomou posse, herdou o programa “Portugal 2020”, que, afirma, não permitia investir nas estradas do país. O governante culpou o Governo de Pedro Passos Coelho por ter “convencido a Comissão Europeia” que Portugal já tinha demasiadas estradas e não precisava de mais.
“Mas agora, quando tivemos de negociar o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), nós batemo-nos e ganhámos para resolver um problema estrutural”, disse, referindo à intenção de captar a “verba necessária” para construir a ponte sobre o rio Ave e ter a EN 14 “totalmente requalificada para ajudar a estruturar um grande território dinâmico para o futuro da nossa economia”.
Costa afirmou ainda que o país se prepara para ter a pandemia sob controlo e este é o momento para “olhar para o futuro”.
Por sua vez, o candidato do PS à Câmara de Famalicão, Eduardo Oliveira, destacou “a dimensão arrebatadora” do comício realizado no Parque Sinçães, comparando-o “às grandes jornadas de mobilização popular em torno do PS no pós-25 de Abril”.
“Que nenhum famalicense deixe de conhecer os nossos candidatos e candidatas, as nossas ideias e propostas e, sobretudo, as soluções que temos para os grandes problemas da nossa comunidade: na saúde, na mobilidade e transportes, na habitação e qualidade vida, na capacitação para a sociedade digital e na economia e emprego”, reagiu o também profissional de saúde, através das redes sociais.
“Comigo na presidência, a Câmara de Famalicão terá peso político e será ouvida e respeitada pelo Governo. Para que novos projetos e intenções há muito faladas sejam concretizados”, considerou.
Concorrem à Câmara de Famalicão nas eleições de 26 de setembro Mário Passos (PSD/CDS) Eduardo Oliveira (PS), Paulo Costa (Bloco de Esquerda), José Bilhoto (Iniciativa Liberal), Sandra Pimenta (PAN), Víctor Meira (Chega) e Miguel Lopes (CDU).
No que diz respeito a António Costa, depois de ter estado em Braga, Famalicão, Vizela, Celorico de Basto e Póvoa de Lanhoso, dedica hoje o seu dia de campanha autárquica ao distrito do Porto, percorrendo oito concelhos.
