A ministra da Saúde admitiu esta terça-feira, em Lisboa, que o país poderá voltar atrás no desconfinamento, caso “seja necessário”. com medidas “em determinados eventos”, redução de horários e novas restrições no comércio. Essa avaliação será feita na próxima quinta-feira, em reunião do Conselho de Ministros.
Marta Temido inaugurava uma nova USF em Lisboa quando avisou que o Governo está a tentar tudo para “evitar recuos”, mas admite que, caso não haja alternativa, será esse o caminho a seguir.
“Não há receitas mágicas ou milagrosas, tem de ser uma responsabilidade de todos nós e do governo a adoção de medidas. Estamos todos os dias a tentar inverter a tendência”, disse a ministra.
Temido manifestou preocupação com a variante Delta, por esta ser “mais transmissível”, admitindo que está a ser feito um esforço para equilibrar a vacinação, a testagem entre outras medidas.
Revelou ainda que a variante Delta está presente em “menos de 15%” dos novos casos registados no Norte do país. Em Lisboa são “mais de 60%”.
Portugal regista hoje seis mortes relacionadas com a covid-19 e soma 1.020 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).
De acordo com o boletim, desde o início da pandemia até hoje registam-se 866.826 casos de infeção confirmados e 17.074 mortes.
Há ainda mais 1.293 recuperados nas últimas 24 horas, totalizando 821.374 desde o início da pandemia.
121 dos novos casos são no Norte, onde não foi registada qualquer morte.
O boletim da DGS revela que estão internados 450 doentes (mais 7 do que na segunda-feira).
Nos cuidados intensivos Portugal tem hoje 101 doentes (mais 4).