“Paulinho vai ficar até final da época, a não ser que alguém bata a cláusula”

Depois “é muito provável que saia”, admite Carlos Carvalhal

Declarações após o jogo Boavista-Sporting de Braga (1-4), da 11.ª jornada da I Liga de futebol, disputado na segunda-feira no Estádio do Bessa, no Porto:

Carlos Carvalhal (treinador do SC Braga):
“Esta semana foi extremamente difícil. Poucos dias após o último jogo tivemos o primeiro caso de covid-19 e houve outras situações em catadupa, afetando Castro, David Carmo, Tormena e Bruno Viana.

Isto é terrível, porque este vírus desune e quebra os laços de afetividade. Obriga a rotinas diferentes e o desafio para este jogo era darmos uma resposta ao vírus. Os jogadores tiveram um comportamento brilhante e a minha satisfação é enorme por liderá-los.

Foi uma vitória bem construída e justa. Tornámos o jogo fácil contra uma equipa difícil. O Boavista teve uma boa reação na segunda parte, mas soubemos reagir contra isso. As dificuldades são expressas apenas na forma como compomos o quarteto defensivo.

Não estou minimamente preocupado. O Paulinho vai ficar até ao final da época, a não ser que alguém bata a cláusula. No final da época é muito provável que saia. Fiquei muito satisfeito por ouvir o treinador do Sporting dizer que não haveria mexidas no mercado.

Penso que aí fechou definitivamente o circo para a comunicação social relativamente ao Paulinho num possível ingresso para o Sporting. Espero que termine mesmo, porque estas paragens originam alguma especulação e isso é terrível para preparar a equipa.

Felizmente, o Paulinho tem boa cabeça, é um jogador muito concentrado e está de corpo e alma no Sporting de Braga. É um dos capitães, tem feito golos e no final da época vai fazer a transferência que tanto anseia e que é do nosso interesse que aconteça.”

Jesualdo Ferreira (treinador do Boavista): “Tenho consciência de que, aos 15 minutos, com um grande golo, o SC Braga chegou ao 2-0 e, aos 26, fez o 3-0. Em pouco tempo, tudo aquilo que tínhamos planeado para o jogo acabou por não resultar.

A minha equipa foi sempre muito objetiva no que queria: ganhar e discutir o jogo. Os jogadores trabalharam muito e criaram ocasiões. Agora, quando se defronta equipas com a qualidade do Braga, há momentos em que a atenção tem de ser redobrada.

Refiro-me aos equilíbrios e à forma como perdemos a bola em alguns lances e acabámos por sofrer golos. Não há muito mais a dizer acerca do que aconteceu esta noite, porque, quando se marca o 3-0 aos 26 minutos, o jogo está praticamente ganho.

Por norma, as equipas deixam de estar em campo a partir daí, mas nós não deixámos. Na segunda parte, quando alterámos um pouco a estrutura tática, fomos capazes de pressionar mais o Braga. As estatísticas foram muito iguais, à exceção dos golos.

Senti que temos uma equipa a querer fazer coisas interessantes e importantes no futuro. O Boavista é uma das defesas mais batidas da I Liga e será nisso que vamos trabalhar com mais intensidade, mas estas coisas não se fazem de um dia para o outro e a correr.

Temos de lidar com lesões e, acima de tudo, com a confiança. Cometemos um erro e sofremos um golo. 10 minutos depois, sofremos outro. Quisemos jogar sempre e fomos capazes de lidar com o insucesso durante os 90 minutos. É o mais importante para mim”.

 
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