Construir uma ponte entre a sociedade civil e os responsáveis autárquicos é o objetivo de uma ação simbólica que será levada a cabo na quinta-feira, pelo Pessoas Animais e Natureza (PAN) de Braga, junto à autarquia local.
Segundo Tiago Teixeira, porta-voz da comissão política concelhia daquele partido, nesta quinta-feira vão ser entregues doze carvalhos-americanos, ainda em estado jovem, ao presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, para assinalar o abate de outras doze árvores, ocorrido durante o fim-de-semana, na Avenida dos Lusíadas.
“Foram deitadas abaixo 12 árvores que, no nosso entender e na maioria da sociedade civil, não deveriam ter sido deitadas abaixo, porque existiam outras formas de fazer a obra em questão”, realça o responsável em declarações a O MINHO.
As árvores que vão ser entregues, carvalhos-americanos, estão dentro de vasos e têm ainda uma altura pouco significativa, esperando o partido que a autarquia as plante na cidade, para contrariar “o abate de árvores adultas e saudáveis”.
Começou o abate de árvores em Braga (contra a vontade de muitos)
“Não sei se ele em pessoas irá receber as árvores, mas o objetivo também é evitar que o resto do projeto, que contempla mais 40 arvores em zona urbana, siga sem que, pelo menos a sociedade civil e outros técnicos, possam ser ouvidos para arranjar soluções mais sustentáveis”, diz Tiago Teixeira.
O porta-voz considera pouco propositado começar uma obra, como é o caso da requalificação da ciclovia da Encosta, entre a Universidade do Minho até Lamaçães, com o abate de árvores.
“Não é o mais correcto em 2020, com o conhecimento que temos e a falta que as árvores fazem, sobretudo numa altura de calor, seria bom que realmente as autarquias tivessem mais cuidado”, argumenta.
“Esperamos que a Câmara plante as árvores na cidade, em vez de as deitarem fora, pois se realmente querem levar a cabo o esforço de replantar a cidade, torna-la mais verde, porque não começar logo por aqui, para caminhar para um futuro verde e não o contrário”, finaliza.