O presidente da Câmara de Vizela disse hoje que tudo leva a crer que o incêndio que deflagrou ao final desta madrugada e destruiu pelo menos 50% do edifício do Castelo de Vizela terá sido ateado por mão criminosa.
Em declarações à Rádio Vizela, o autarca relembra que o local estava há algum tempo sem eletricidade e que as condições desta madrugada não eram propícias a incêndios de causas naturais, muito menos dentro de um edifício.
Propriedade do município desde 2008, tinha sido colocado à venda por 1,4 milhões de euros em hasta pública, em fevereiro último, mas não apareceram compradores interessados. O contrato estipulava que o mesmo fosse transformado numa unidade hoteleira.
Víctor Hugo Salgado reitera o objetivo de vender o imóvel, mesmo depois desta tragédia, que afeta um dos mais importantes edifícios históricos daquela cidade.
Foi mandado construir em 1905 por uma importante figura local que pretendia ver Vizela elevada a sede de concelho. Serviria para albergar os Paços, mas tal nunca chegou a acontecer.
Vizela subiu a concelho apenas em 1998, mas o edifício estava em mãos de privados e não reuniria condições para albergar os serviços.
Quando adquirido para erário público em 2008, era intenção do então executivo transformar o edifício num museu e biblioteca, mas também não chegou a acontecer.
Encontrava-se, atualmente, parcialmente devoluto, o que levou o executivo atual a tentar a venda do imóvel, depois de uma avaliação de restauro no valor de 7 milhões de euros, valor incomportável para os cofres autárquicos da cidade mais pequena do Minho.
Recorde-se que a parte à esquerda da Torre ardeu por completo durante este final de madrugada e início de manhã de quinta-feira. O alerta foi dado cerca das 05:00 horas, mobilizando 30 operacionais e seis viaturas dos Bombeiros de Vizela.
Pelas 10:55, encontra-se no local ainda uma equipa dos bombeiros que procede ao rescaldo, evitando novas ignições.
A PJ está a investigar a origem do incêndio.