Braga prepara um ‘Central Park’ ao unir diversos pontos verdes na cidade

Parque Central de Braga

Está a nascer em Braga um Central Park à boa maneira das grandes metrópoles internacionais. Um espaço verde, com extensão de vários quilómetros quadrados, onde é permitida a escapadinha da população ao sufoco da cidade.

Inserido desde 2017 no programa eleitoral da coligação vencedora, este projeto passa, não pela criação do Parque Central – porque este já existe -, mas sim da sua valorização, uma vez que o mesmo nunca foi muito percebido pela população.

O presidente da Câmara explicou a O MINHO que este parque agrega todos os elementos envolventes da zona sul da Avenida da Liberdade, integrando uma lógica de diferentes espaços verdes urbanos ligados em rede.

“O Parque Central integrará o Parque da Ponte, o Monte Picoto, o rio Este, zona envolvente do PEB, zona envolvente do Estádio 1.º de Maio e parque de campismo e piscina municipal”, esclareceu Ricardo Rio.

O edil destaca, no entanto, que esta não é uma ideia de criação, defendendo sim, em contraponto, uma ideia de valorização dos parques e áreas já existentes, devidamente “cosidos” entre si, de forma a que o novo parque seja usufruído em pleno pelos bracarenses.

Se o Parque da Ponte já é conhecido por ser uma espécie de pequeno parque central na cidade, alguns passos já foram dados no Monte Picoto, a cerca de dois quilómetros, como o enriquecimento arbóreo e a criação do Picoto Park, valorizando o ponto alto do novo Central Park, onde se pode ter uma vista de 360 graus sobre a cidade.

Miradouro do Monte Picoto no extremo sul do Parque Central de Braga

A pavimentação e infraestruturação do sopé do mesmo monte também é uma medida prevista para solidificar o conceito de parque único e deverá arrancar a breve prazo.

A requalificação das piscinas da Ponte, as novas valências do parque de Campismo, o Parque das Camélias e a intervenção na envolvente do Altice Forum são obras já efetuadas que ajudaram a tornar mais visível esta rede verde.

“Até ações de dinamização cultural, social ou desportiva do próprio Parque da Ponte e da Ludoteca Municipal, procurando criar rotinas de visitação ao local “, são formas de dar vida ao Central Park, como acrescentou o edil.

Parque da Ponte no extremo norte do Parque Central de Braga

“No seu conjunto, estamos obviamente a falar de projetos que envolveram ou envolvem vários milhões de euros investidos e a investir”, contrapôs, quando questionado por O MINHO sobre o valor do investimento.

Para valorizar outro dos locais nucleares do parque, “haverá investimentos de fundo na recuperação do Estádio 1.º de Maio, Pavilhão Flávio Sá Leite e zona envolvente”, acrescentou Ricardo Rio.

Mas o grande desafio para ligar definitivamente o Parque da Ponte ao Monte Picoto, num projeto pedonal e ecofriendly, será um dos passos mais complicados, uma vez que colhe a necessidade de desviar um troço completo da Estrada Nacional 101, a conhecida Via da Falperra.

O edil admite que esta é “uma peça fundamental” para que o puzzle do Central Park fique concluído, e para isso poderá ser necessária a criaçao de alternativas complementares a essa estrada.

Embora já exista um acordo com as Infraestruturas de Portugal para a transferência da tutela daquela via para o âmbito municipal, o corte definitivo da mesma “não ocorrerá para já”.

 
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