Enfermeiros do Hospital de Braga anunciam possível greve de dois dias em março

Exigem aumento de ordenados com retroatividade
Foto: Paulo Jorge Magalhães/O MINHO

Os enfermeiros do Hospital de Braga decidiram hoje em plenário avançar com dois dias de greve em março se não houver “aumento dos ordenados”, “pagos com retroatividade”, disse à Lusa o representando de um dos sindicatos daqueles profissionais.

Em declarações à Lusa, o representante do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, Nelson Fernandes, deu conta que a decisão dos profissionais em fazer dois dias de greve, a 17 e 19 de fevereiro e que a decisão ia ser dada a conhecer à administração do hospital.

Contactada pela Lusa, fonte do Hospital de Braga, que a 31 de agosto de 2019 deixou de funcionar como Pareceria Publico Privada, passando a funcionar como Entidade Pública Empresarial (EPE), remeteu para o comunicado de 10 de fevereiro, reforçando que “tudo tem feito” para dar resposta às reivindicações daqueles profissionais.

“O que nós queremos é que seja cumprida a lei, que haja uma atualização salarial dos atuais 1060 euros para 1201, pagos com retroatividade a setembro de 2019”, explicou o sindicalista.

Segundo explicou Nelson Fernandes, “a decisão de avançar com dois dias de greve vai ser dada a conhecer ao conselho de administração, estando a jornada de luta marcada para dias 17 e 19 de março.

No referido comunicado, o Hospital de Braga lembra que “valorizar e motivar os profissionais é um dos objetivos máximos do Conselho de Administração”, salientando que aquele órgão “está fortemente empenhado neste compromisso”.

Neste sentido, referem, “de forma a garantir uma aproximação às preocupações dos seus profissionais, o Conselho deliberou aplicar o Decreto – Lei n.º62/79, de 30 de março, que estabelece especificações do regime de trabalho dos profissionais de saúde e respetivas remunerações”.

O Hospital esclarece ainda que decidiu “efetuar o pedido de adesão aos Acordos Coletivos de Trabalho, garantindo a igualdade entre profissionais”, sendo que “neste momento, está a ser ultimado o procedimento de adesão a estes acordos, tendo sido previsto no orçamento de 2020 os respetivos impactos financeiros, quer das atualizações salariais quer da necessidade de recursos necessários com a passagem do horário normal de trabalho para as 35 horas semanais”.

 
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