Uma associação de Braga liderou um projeto que envolveu associações juvenis europeias e asiáticas para criar uma “rede para jovens empreenderdes” com o objetivo de “resolver o problema” do desemprego jovem, encontrando “soluções criativas e inovadoras”.
Apresentado hoje, em Braga, o projeto Youth Network for Social Entrepreneurship, que envolveu associações de Portugal (SYnergia), de Espanha (Associação Cultural Euroaccion, Itália (Scambieuripei) Grécia (Alter Ego), Índia (FSL India) e da Indonésia (Lei Global), pretendia “refletir” sobre alguns dos problemas comuns que afetam os países envolvidos, como o desemprego juvenil, isolamento, exclusão e marginalização.
O projeto contou com o apoio da Comissão Europeia, através do programa Erasmus+, e incluiu ações de formação a jovens, a técnicos juvenis, intercâmbio de técnicos e ações de voluntariado durante dois anos, entre os vários países.
“A ideia foi criar uma rede para jovens empreendedores entre a Ásia e a Europa e resolver o problema do desemprego jovem, uma realidade na Índia e na Indonésia também, principalmente a existência dos jovens ‘NEET’, os que nem estudam, nem estão em processo de aprendizagem, nem trabalham”, explicou Mariana Delgado, uma das coordenadoras do projeto.
Segundo a responsável, o Youth Network for Social Entrepreneurship quis “procurar soluções criativas e inovadoras para os jovens encontrarem um percurso de vida e dar-lhes ferramentas de trabalho para criar projetos e negócios próprios”.
Para isso, além de ações de voluntariado e de contacto com os jovens, disse, “era preciso formar também os técnicos que trabalham e contactam” com eles.
“Um dos objetivos era capacitar técnicos para o apoio ao jovem e criar uma academia de juventude, estes espaços dentro de cada associação, e uma rede, uma ‘youth network’ para partilha de recursos, conhecimentos e uma forma mais fácil de se moverem na Europa e entre os países envolvidos”, explanou.
Com “base” no empreendedorismo social, o projeto tinha ainda por objetivo “refletir sobre a problemática” nos diferentes países.
Mariana Delgado explicou ainda que “a finalidade era criar em cada associação um espaço que facilitasse o processo empreendedor nos jovens, onde o jovem pudesse chegar, dizer que tinha uma ideia, que queria criar o negócio” e onde houvesse “alguém para lhe dar o apoio necessário”.
Assim, a longo de dois anos, o projeto começou em setembro de 2017, foram várias as fases: “Tivemos uma fase de preparação, onde percebemos como trabalhar juntos, depois a fase de implementação e agora a fase de avaliação e ‘flow up’ [acompanhamento]”, enumerou.
O grupo reuniu-se em vários dos países envolvidos para “definir o projeto, o papel de cada um, criar bases de confiança para trabalhar em conjunto” sobre como “motivar os jovens a aparecer, a sair da zona de conforto” e a “motivá-los”.
A responsável do projeto adiantou que deste trabalho surgiu uma ideia para um novo projeto.
“Pensamos numa nova candidatura a um novo projeto de continuação, mas mais focado no empreendedorismo ambiental”, revelou.