O PSD de Barcelos acusou hoje a maioria PS na câmara local de “falta de transparência” na aquisição de serviços, por “preços milionários” e por ajuste direto, para assegurar a vigilância das instalações do município.
Em comunicado, o PSD refere que último contrato foi assinado em novembro, por quase 575 mil euros e para vigorar durante 26 meses, através de um procedimento por ajuste direto.
O PSD acrescenta que, desde junho de 2011, a câmara PS já adjudicou a empresas de segurança privada contratos por ajuste direto no valor global de quase dois milhões.
Para os sociais-democratas, trata-se de uma “clara demonstração de falta de transparência, por ausência de concurso com mais concorrentes”.
“O valor milionário destes contratos, uma opção discutível para assegurar a vigilância das instalações municipais, não sendo escrutinado, suscita muitas dúvidas quanto à sua transparência e boas práticas da gestão”, sublinham.
Dizem ainda que “Barcelos é o campeão dos ajustes diretos, o procedimento mais fácil e que representa mais de 90% das aquisições de serviços pela câmara, e que demonstra também o desleixo e a incompetência dos executivos para conceber e preparar concursos públicos que assegurem a transparência e racionalidade das despesas”.
Para o PSD, “estes atos de gestão opaca também são a consequência da delegação de competências no presidente da câmara, o qual, sozinho e sem pudor, pratica despesas milionárias sem terem passado pelo crivo de um concurso para comparar os serviços de vários prestadores”.
A Lusa contactou a câmara que remeteu para mais tarde uma eventual reação.