A Câmara e o SC Braga entregaram à Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC) um projeto de obras a realizar no piso substerrâneo do estádio municipal de modo a que este possa continuar como parque de estacionamento, que serve a direção, jogadores, equipa técnica, funcionários e convidados.
A ANPC proibiu, recentemente, por razões de segurança, a utilização do parque de estacionamento do estádio municipal, o que levou o clube a elaborar um projeto de obras.
Ontem, no final da reunião de Câmara, Ricardo Rio, revelou que a Proteção Civil ordenou o fecho do parque, invocando razões várias de segurança, nomeadamente a ausência de saídas de emergência, vulgo «escapatórias», para pessoas e veículos em caso de incêndio, de outro sinistro ou desastre natural.
Rio disse, ainda, que, a ANPC havia já exigido, há cerca de três anos, que a Câmara tomasse algumas medidas provisórias de reforço da segurança, com realce para a colocação no espaço, em dias de jogos de futebol, de uma equipa de bombeiros municipais. O que tem acontecido. Pediu, também, a realização de várias obras de adaptação, cujo caderno de encargos iria até aos 350 mil euros. Depois disso, e numa nova vistoria concluiu que as melhorias que pedira não foram feitas, ordenou o encerramento. Face ao custo elevado dos arranjos, o clube elaborou um projeto arquitetónico para o local, com um custo inferior a 100 mil euros, e que pretende responder às imposições da Proteção Civil.
O assunto foi levantado na reunião de Câmara pela vereadora socialista Liliana Pereira, que se mostrou preocupada com o facto e pediu esclarecimentos. Ricardo Rio sublinhou que, o projeto do estádio – projetado pelo arquiteto Souto Moura e construído para o campeonato de futebol Euro/2004 – , não previa que o local fosse aproveitado para estacionamento, o que veio a suceder, sem que o licenciamento tivesse sido feito. Ao lado do estacionamento, estão várias estruturas do clube, nomeadamente balneários, sala de imprensa, gabinetes de diretores e funcionários e museu.
Salientou que ainda não está determinado quem pagará os custos da operação, se o Município se o clube bracarense: “a estrutura é camarária, vamos analisar o assunto”, disse.