O Navio Patrulha Oceânico (NPO) Sines, o primeiro de dois em construção nos estaleiros da WestSea, em Viana do Castelo, para a Marinha portuguesa vai ser batizado na sexta-feira, disse hoje à Lusa fonte do Ministério da Defesa Nacional.
A mesma fonte adiantou que a cerimónia, marcada para as 10:00, nos Estaleiros da WestSea, em Viana do Castelo, contará com as presenças do ministro da Defesa Nacional, José Azeredo Lopes, do Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante António Mendes Calado, entre outras entidades.
Segundo a fonte da Marinha o navio patrulha terá como madrinha Fernanda Gonçalves Tadeu, mulher do primeiro-ministro António Costa.
“O NRP Sines, integra o efetivo dos navios da Marinha , desde 06 de julho, e é o terceiro navio da classe Viana do Castelo, todos construídos em Portugal. O NRP Sines junta-se assim ao NRP Viana do Castelo e NRP Figueira da Foz, atualmente no ativo”, adiantou a fonte.
O navio é comandado pela capitão-tenente Mónica Martins e tem uma guarnição de 44 elementos.
Anteriormente à Lusa, fonte do Ministério da Defesa Nacional revelou que o quarto navio daquela classe, o NPO Setúbal deverá ser entregue “nas primeiras semanas de janeiro de 2019”, sendo que “as provas de mar terão início em novembro ou dezembro deste ano”.
“As provas de mar são uma fase crucial no processo construtivo de embarcações desta complexidade. Os navios são sujeitos a um conjunto de testes que permitem à Marinha determinar da necessidade de eventuais ajustes ou acertos a fazer”, explicou aquela fonte.
Os navios Sines e Setúbal representam um investimento de 60 milhões de euros e vão reforçar o dispositivo naval da Marinha portuguesa.
A construção dos dois NPO nos estaleiros da WestSea foi anunciada, em maio de 2015, pelo então primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.
Em maio de 2017, ao visitar aqueles estaleiros, o ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, destacou o cumprimento “cabal” do contrato de construção dos dois NPO.
Em 2011, foi entregue à Marinha o primeiro navio desta classe batizado com o nome de “Viana do Castelo” e construído pelos extintos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), em 2011.
O segundo navio a ser entregue, o “Figueira da Foz”, deixou as docas dos ENVC em dezembro de 2013, em pleno processo de subconcessão e encerramento da empresa pública. Foi o último dos mais de 220 navios construídos pelos ENVC em 69 anos.
Estes navios integravam uma encomenda inicial de oito, que foi assumida em 2004 pelo Ministério da Defesa, mas entretanto revogada pelo atual Governo, para substituir a frota de corvetas da Marinha portuguesa, com 40 anos de serviço.